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O C Á R C E R E
de
Manoel Messias Santos
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1997
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S/PREFÁCIO
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Í N D I C E
O CÁRCERE ............................................1
FUGA FINAL............................................5
TUDO ERA ASSIM..................................8
AUTENTICIDADE SICILIANA............15
REZAÇÃO PARA ESQUECER.............21
RETROCESSO PSICANALÍTICO........24
O SOBROSSO.........................................27
MUDANÇA.............................................34
O JULGAMENTO (singular)...................41
O PACIENTE DO CÁRCERE.................66
O JULGAMENTO ESFÉRICO................68
REBELIÃO CARCERÁRIA....................70
ADVERT FATAL (aviso da morte)..........76
ESPANTO E CURIOSIDADE .................84
UNIPARANORMALISMO.......................95
COMUNICAÇÃO TRÔPEGA.................111
O PODER .................................................123
O PODER II...............................................124
O PODER III..............................................127
A SERVA...................................................134
O PRISIONEIRO DA HUMILDADE ......146
GENÉTICA IMUTÁVEL..........................147
VALSA INESQUECÍVEL.........................148
O SHEIK E O CORONEL PINGUIM.......150
NEGÓCIO DOS DEUSES ........................153
(sugestão (Chico Buarque e M. Severo))...156
F i m
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Manoel Messias Santos o pensador
sábado, 4 de fevereiro de 2012
O CÁRCERE
Décadas são dezenas
de anos inesquecíveis
como por exemplo:
- As de sessenta à setenta
... Aqueles tempos
eram compostos de frio
e freios
e ainda continuam caindo
sobre todos nós
como simples mente
uma brisa
Era um regime sem intimidade
e sem sequer uma alternativa
para se projetar algum futuro
entre as ordens
nenhum diálogo
As imposições eram tantas que
nos deixaram sobre a escravidão
- racismo colorido e amargo
na revolta e no medo
que invadia o nosso corpo
e transformava tudo
numa cratera imensa
aonde a gelidez do mundo
se avolumava e crescia
Lá fora o mundo era grande
mas não se sabia ao certo
aonde ficava o mar
nem também se podia ver o céu
sem pecar um pouco
em cada esquina
Talvez nem Deus nos proibisse
nesse afrodismo
mesmo porque as estrelas
e os astros
já estavam perdendo as suas luzes
- inclusive os imortais que
já começavam morrer
até mesmo antes do primeiro show
Muitos
já sabiam que o céu dos sonhos
não era infinito, nem eterno
Vezes, não era nem mesmo um céu
mas sim, um verdadeiro inferno
Tudo parecia viver uma densa treva
sem segurança e sem luz
- era uma arquitetura milenar
que podia desmoronar
a qualquer momento
e deitar-se por terra
sem ser esperado
No inesquecível cenário
nasceram e se aludiram
as ilusões do mundo
como se tudo estivesse num palco
para ser exibido
Tudo estava lá
e os deuses
jamais faltariam às suas leis
mesmo que houvessem maldições
e anistias
Eles sempre se envolviam
entre os bendizeres da humanidade
Ali se representava um deus
lá mais distante
se apresentava num palco
um outro deus
e para quem quisesse
ser um animal poderoso
não importava ser daqui
ou de lá
Ser do rio
ou do lago
não fazia diferença alguma
porque o auditório dos rebeldes
vivia sempre lotado
e o seu público
não era influente nas bilheterias
nem mesmo nas colunas sociais
... e o arcanjo das trevas
apresentava-se em toda parte
mais uma parte do seu monólogo
porque o seu prazer
é doutrinar a mentira
e assim
podia obter a falsidade humana
... Tudo uma ilusão de ótica
- um pensamento versado
numa esquizo frenia doce
Tudo que ali se exibia na luxúria
era doloroso e triste
mas todo aquele que provar em contrário
vicia-se à prova
como o boliviano à coca
mesmo sabendo que a sua folha mata
Infelizmente
infelizmente!
A fome e a sede dos bolivianos
cada vez mais - toma conta do mundo
e em cada família
pelo menos um
já se encontra contaminado
maldito seja o mal
da pedra e do pó
de anos inesquecíveis
como por exemplo:
- As de sessenta à setenta
... Aqueles tempos
eram compostos de frio
e freios
e ainda continuam caindo
sobre todos nós
como simples mente
uma brisa
Era um regime sem intimidade
e sem sequer uma alternativa
para se projetar algum futuro
entre as ordens
nenhum diálogo
As imposições eram tantas que
nos deixaram sobre a escravidão
- racismo colorido e amargo
na revolta e no medo
que invadia o nosso corpo
e transformava tudo
numa cratera imensa
aonde a gelidez do mundo
se avolumava e crescia
Lá fora o mundo era grande
mas não se sabia ao certo
aonde ficava o mar
nem também se podia ver o céu
sem pecar um pouco
em cada esquina
Talvez nem Deus nos proibisse
nesse afrodismo
mesmo porque as estrelas
e os astros
já estavam perdendo as suas luzes
- inclusive os imortais que
já começavam morrer
até mesmo antes do primeiro show
Muitos
já sabiam que o céu dos sonhos
não era infinito, nem eterno
Vezes, não era nem mesmo um céu
mas sim, um verdadeiro inferno
Tudo parecia viver uma densa treva
sem segurança e sem luz
- era uma arquitetura milenar
que podia desmoronar
a qualquer momento
e deitar-se por terra
sem ser esperado
No inesquecível cenário
nasceram e se aludiram
as ilusões do mundo
como se tudo estivesse num palco
para ser exibido
Tudo estava lá
e os deuses
jamais faltariam às suas leis
mesmo que houvessem maldições
e anistias
Eles sempre se envolviam
entre os bendizeres da humanidade
Ali se representava um deus
lá mais distante
se apresentava num palco
um outro deus
e para quem quisesse
ser um animal poderoso
não importava ser daqui
ou de lá
Ser do rio
ou do lago
não fazia diferença alguma
porque o auditório dos rebeldes
vivia sempre lotado
e o seu público
não era influente nas bilheterias
nem mesmo nas colunas sociais
... e o arcanjo das trevas
apresentava-se em toda parte
mais uma parte do seu monólogo
porque o seu prazer
é doutrinar a mentira
e assim
podia obter a falsidade humana
... Tudo uma ilusão de ótica
- um pensamento versado
numa esquizo frenia doce
Tudo que ali se exibia na luxúria
era doloroso e triste
mas todo aquele que provar em contrário
vicia-se à prova
como o boliviano à coca
mesmo sabendo que a sua folha mata
Infelizmente
infelizmente!
A fome e a sede dos bolivianos
cada vez mais - toma conta do mundo
e em cada família
pelo menos um
já se encontra contaminado
maldito seja o mal
da pedra e do pó
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