OS GUARDIÕES DO ÉDEN
INTRODUÇÃO
Ao iniciar esse
estudo, que muito mais parece uma interpretação particular, porque vou começar
falando sobre extraterrestres, tenho a impressão de que alguns vão creem
positivamente neste assunto, mas que todos também têm medo de falar sobre o
mesmo. Alguns por achar que vão contrariar o seu grupo religioso se expuserem a
sua crença e experiências; outros por medo de caírem no ridículo e serem
desacreditados nas demais áreas de sua vida; outros ainda por medo de serem
ameaçados, perseguidos e até mortos por assassinos encomendados. Apenas alguns
poucos têm coragem de falar sobre o tema e contar as suas experiências. Se
entre estes poucos houver cristãos, como eu, então direi que este grupo se
reduzirá ainda mais. Não posso dizer que seja um pesquisador devotado ao
assunto em seu aspecto histórico, secular, mas sou sim, um investigador das
Escrituras Sagradas e, como tal, sinto-me no dever de examinar a existência ou
não de tudo quanto possa impactar a vida de fé dos membros que constituem
o Corpo de Cristo do qual faço parte, quer estejam eles próximos de mim,
visivelmente, quer estejam eles distantes, longínquas,
como “membros virtuais, mesmo assim são meus irmãos na fé”.
BUSCANDO UM SENTIDO
PARA O UNIVERSO VAZIO
Quem já não se
perguntou ao olhar para o céu, em uma noite enluarada, com as estrelas
plenamente visíveis, (até Abraão fez isso) ou, ao ver filmes e documentários
com cenas do Universo contendo uma infinidade de objetos celestes, se o planeta
Terra seria o único lugar habitado em todo esse imenso Universo? Quem já não se
questionou dizendo: “Será que todos esses planetas, estrelas e astros estão
mesmo vazios, sem nenhum habitante, ou será que nós é quem não estamos conseguindo
enxergar os seres que neles habitam que, ao contrário de nós, estão sim nos
vendo e até já apareceram por aqui?” Se o inquiridor for uma pessoa que
acredita em Deus provavelmente já terá se perguntado: “Qual o sentido de Deus
em fazer o Universo com bilhões e bilhões de astros, sem ninguém para
habitá-los?” Se este inquiridor for mais do que um crente comum, mas um
daqueles cristãos que não têm medo de ousar no pensamento, deverá ter se
perguntado, por diversas vezes: “Para que o Senhor vai recolher os céus no
final dos tempos, como diz Hebreus 1:10-12, e fazer “novos céus e nova terra”,
como afirma João em Apocalipse 21:1, se os céus que estamos vendo agora estão
vazios, sem ninguém, e se os anjos, únicos seres que conhecemos fora da Terra e
que poderiam habitá-los, são espíritos puros (Hebreus 1:14), que não necessitam
de um lugar físico para pousar e repousar?” Não lhe parece esta ação de “criar
e destruir um universo sem nada” um despropósito divino, amado irmão? Um
capricho da Divindade? Um erro de programação de um Ser absolutamente
egocêntrico?
Lembro-me, quando já cristão selado,
mas ainda criança e bebendo leite, ficava por demais perturbado ao ler alguns textos bíblicos que,
me davam ligeira impressão de que eles
não se reportavam nem a coisas, nem a criaturas celestes, mas sim a coisas e
seres de outros mundos, totalmente diferentes do nosso, de dimensões materiais
e temporais diferentes das que se conhece! Claro que tais seres a que me refiro não eram os anjos, nem
os arcanjos, como os descritos nas Escrituras da Bíblia, nem ainda a pessoa do
Senhor Jesus que, por ter vindo do céu, como Ele mesmo afirma em João 3:13 /
6:62 / 8:23 e outros textos, também não deixava de ser um extra terrestre, mas
sim aqueles seres que, habitando
em outros locais do universo, possuíam um corpo material, físico, mais denso ou
mais sutil do que o nosso, e que viajavam em naves espaciais extraordinárias a toda
velocidade! O tempo foi passando e a estranha sensação sentida acerca dos
aliens não diminui com o passar dos dias, antes aumentou e me obrigou a
examinar o que as Escrituras diziam sobre eles, a fim de sossegar o meu
pensamento e o espírito atordoado de alguns irmãos.
Era mais que desejo,
era anciosidade minha, examinar esses textos em várias reuniões de amigos,
(simplesmente amigos, porque entre irmãos, alguns outros poderiam sentir-se
escandalizados) então, eu os examinava na mesma ordem em que eles aparecem na
Bíblia, e não no seguimento em que por mim foram observados. Claro que passei
por cima de alguns, mesmo por não
conhecer a todos, mas, com certeza, ainda assim, surpreenderei todo aquele que
quiser me ouvir, com a grande quantidade de “textos aliens” encontrados nas Escrituras.
Assim como não tenho demonstrado nenhum receio em analisá-los, gostaria que os
irmãos e amigos também não demonstrasse nenhum receio em lê-los, ainda que
possa se sentir um tanto quanto incomodado, inseguro e até mesmo apavorado!
ANTIGO TESTAMENTO TEXTOS ‘ALIENIGENAS’
O primeiro texto
sobre o tema, encontra-se logo no livro de Gênesis, nos versículos que tratam
da expulsão de nossos primeiros pais do Jardim do Éden, após estes terem
transgredido contra o Senhor e diz assim: “O Senhor Deus, pois, o lançou
(ao homem) fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E
havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao
oriente do jardim do Éden, e uma
espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da
árvore da vida” (Gênesis 3:23,24).
Amados, se vocês
observarem bem o texto, os querubins ficavam postados, fixos, sediados, em uma
região única do Jardim do Éden, a saber, ao oriente, a leste, na posição do
nascer do sol, enquanto a espada inflamada ficava girando o Jardim
ininterruptamente. Por que um elemento ficava parado enquanto o outro girava
ininterruptamente? Porque as suas funções eram diferentes, apesar de serem
complementares! Enquanto a espada girante tinha por missão vigiar o Jardim contra
possíveis invasores, os querubins tinham por missão combatê-los! Isto deixa claro que
o Jardim podia ser invadido de qualquer posição, de qualquer parte, de qualquer
localidade! Os possíveis invasores do Éden poderiam criar um caminho
alternativo, distante daquele protegido pelos querubins, para adentrarem o
Jardim e roubarem a Árvore da Vida! Daí a espada ter de ficar girando-o,
circundando-o, percorrendo-o ininterruptamente! A espada e os querubins não
trabalhavam isoladamente, mas em conjunto! Tão logo a espada chamejante
detectasse a presença dos possíveis invasores, alertaria os querubins, postados
ao oriente do Éden, que se apresentariam imediatamente no local chamado, e
combateriam o inimigo! Surge então a pergunta: “Como a espada girante alertaria
os querubins?” Através de um sinal, de um dispositivo qualquer de aviso,
compreendido por ambos, visto não serem os querubins criaturas onipresentes,
mas sim finitas, limitadas no conhecimento e no espaço. Os querubins, pois,
dependiam do sinal da espada rotatória para poderem agir!
OS ESTRANHÍSSIMOS
QUERUBINS DO ÉDEN!
Segundo o grande
hebraísta - Antônio Neves de Mesquita, em seu livro “Estudo no Livro de
Gênesis”, a palavra “querubim” ocorre 74 vezes na Bíblia e é de etmologia
desconhecida. Ninguém sabe ao certo o que ela significa. Alguns comentaristas
se aventuram a dizer, baseados nas funções destes “entes”, que ela significa
“cobrir”, “guardar”, mas não têm muita certeza disso. A palavra ocorre 44 vezes
com referência aos símbolos sagrados que aparecem nas cortinas do Tabernáculo
(Êxodo 26:1), na Arca do Concerto (Êxodo 25:18-20 / 37:7-9) e no véu do
Santíssimo (Êxodo 26:31), mas, apenas no livro de Ezequiel, ela aparece 19
vezes com uma conotação bastante estranha, bastante diferenciada da sugerida
pela Teologia moderna de “seres angelicais”! Veja aqui algumas dessas estranhas
diferenças:
Enquanto nos
símbolos do Tabernáculo os querubins aparecem como anjos, cada um com duas asas, no livro de Ezequiel eles aparecem com quatro (10:1-22) e no livro do Apocalipse, com seis asas cada! (Apocalipse 4:6-9).
Enquanto nos
símbolos do Tabernáculo os querubins possuem um rosto único de anjo,
no livro de Ezequiel e no de Apocalipse, eles aparecem com quatro faces cada um e com quatro rostos distintos!
Enquanto em Ezequiel
1: 10 e em Apocalipse 4:7 se diz que os seus rostos eram de homem, leão, boi eáguia, em Ezequiel
10:14 se diz que os seus rostos eram de homem, leão, águia e querubim! O rosto de boi fora
substituído pelo rosto de querubim!
Teriam os querubins a aparência de touros? Será que as enormes figuras de
touros alados com cabeça de homem, colocados pelos babilônicos e assírios à
frente de seus palácios e templos, que eram os lugares em que residia a
majestade material e espiritual, respectivamente, eram uma alusão aos poderosos
querubins, visto que, segundo a crença destes povos, estes touros alados
desempenhavam a mesma função dos querubins da Bíblia?
No livro dos Salmos
e em outros das Escrituras Hebraicas, encontra-se os querubins sustentando o trono de Deus no céu (80:1 / 99:1 /
Números 7;89 /
I Samuel 4:4 / II
Samuel 6:2 / II Reis 19;15 / Isaías 37;16, etc.) enquanto no livro de Ezequiel,
por duas vezes, eles aparecem transportando um ser “a
semelhança dum homem” (1:26) que ficava encapsulado dentro de
um módulo voador, em uma espécie de trono,sobre os querubins,
que saía e voltava quando queria, conforme registrado pelo profeta! (9:3 /
10:4,18-22).
Amados irmãos que me
perdoem pela “profanação” deste mistério bíblico, pela “quebra de sacralidade”
da qual certamente serei acusado, mas “não estou viajando” ao dizer todas essas
coisas, visto ser a Bíblia, o nosso livro de fé e prática, que as diz! O
estranho comportamento da espada girante e dos querubins do Éden faz com que
ambos mais pareçam ser elementos físicos, materiais, do que elementos
espirituais – senão isto – pelo menos com a possibilidade
de adquirirem materialidade nos mundos em que adentram! Sei que
alguns comentaristas defendem que os querubins sequer sejam reais, mas apenas
símbolos representativos de realidades espirituais, mas as Escrituras ensinam
que os querubins são seres viventes sim, distintos entre si, e detentores de
personalidade! A espada girante e os querubins edênicos não foram colocados no
Jardim do Éden para não serem vistos, ficarem ocultos, invisíveis, fulminando
as criaturas que se aproximassem do Paraíso, mas para serem avistados à
distância e com isto desanimarem, desde logo, os pretendentes ao rapto da
Árvore da Vida! Símbolos não protegem ninguém! Símbolos não impedem invasões!
Outros
comentaristas, seguindo a interpretação tradicional da Igreja cristã, afirmam
que tanto a espada girante quanto os querubins eram elementos reais,
verdadeiros, mas de composição apenas espiritual, ou seja, eram constituídos
somente de “substância espiritual”. Mas, qual a razão de Deus colocar
“espíritos”, que não podiam ser avistados por criaturas carnais decaídas, para
guardarem o fruto de uma árvore capaz de dar a imortalidade física a quem dele
comesse, se espíritos não são seres físicos e são imortais? Caso os defensores
do Éden fossem elementos invisíveis, os possíveis invasores do Éden avançariam
relaxadamente em direção ao Jardim até serem avistadas pela espada cintilante e
fulminados pelos querubins, já que tais invasores não veriam essas realidades
espirituais no local, nem
detectariam as suas presenças! Não me parece que o propósito daquele que
expulsou do Éden os nossos primeiros pais, justamente para protegê-los de
acessarem o fruto da Árvore da Vida, usasse agora de um estratagema medíocre
para apanhá-los em distração e matá-los! Só um ser maligno poderia maquinar
algo assim!
Halley, informa em
seu Manual Bíblico que antigas inscrições babilônicas afirmam que “perto
de Eridu havia um jardim em que existia uma árvore sagrada, misteriosa, árvore
da vida, plantada pelos deuses, cujas raízes eram profundas, enquanto seus
ramos tocavam o céu; era protegido por espíritos guardiões; ninguém penetra
nele”. Esta inscrição é importantíssima por comprovar a existência do Éden e da
Árvore da Vida na região de Eridu, antiga Babilônia, e ainda por falar da
espiritualidade dos espíritos guardiões ali presentes, mas, claro está que isto
não é tudo, tendo em vista a narrativa bíblica sobre os querubins do Éden ser a
primeira de um conjunto de outras tantas que nos ajudam a desenhar e a entender
a compleição, a configuração, a constituição do que seria um querubim. A espada
girante, sendo inflamada, chamejante, de fogo – linguagem figurada que significa
que era reluzente, brilhante, cintilante como o metal dourado, o ouro – podia
ser avistada à distância por olhos físicos, o mesmo acontecendo com os
poderosos querubins, a quem as Escrituras se referem como “seres espirituais”
da mais elevada categoria, mas que também podiam transportar gente, pousar no
solo, andar sobre rodas, fazer manobras de direção e levantar vôo quando
ordenados! (Ezequiel 1:1-28 / 9:3 /10:1-22). Como isso seria possível se a
espada e os querubins fossem constituídos apenas de “substância espiritual?”
Desde quando um espírito carrega outro nas costas?
Alguma vez, o varão
ou a varoa já se perguntou por que Deus colocou querubins para proteger o
caminho que levava à Árvore da Vida e não serafins, arcanjos, ou outro tipo de
criatura celestial? Se não, eu lhe responderei: porque apenas querubins podem
enfrentar outros querubins! Os querubins não são estafetas de Deus, não são
mensageiros divinos, como os demais anjos, mas são, sim, seres protetores,
defensores, guardiões do sagrado. Eles são os seres mais qualificados do
universo para a função de proteção! Sua função de defensor no texto que estou
examinando fica evidenciada por 3 motivos, quais sejam:
Primeiro, existia
outro querubim à solta, que outrora havia decaído de seu estado original de
perfeição e que conhecia muito bem o Jardim do Éden por ter conversado bastante
com os primeiros humanos que ali foram colocados e que poderia incentivá-los a
invadirem o local e roubarem do fruto Vida. Lúcifer, o nome desse outro querubim, que a Igreja passou a
conhecer pelo nome de Diabo (Ezequiel 28:11-16), já obtivera sucesso no
convencimento dos humanos no apossamento do fruto da primeira árvore proibida,
a saber, a Árvore do Bem e do Mal e, se conseguira convencê-los quando ainda
vivam em estado de graça, em plena comunhão com o Senhor, poderia conseguí-lo
novamente vivendo eles agora como seres decaídos (Gênesis 3:1-6);
Caim, o primeiro
filho do casal adâmico, ao sair do clã de seu pai, fora habitar a terra de
Node, que ficava justamente ao oriente do Éden (Gênesis 4:16). Esta sua decisão
de habitar a terra de Node poderia ter acontecido também por dois outros
motivos, quais sejam: ou ele intentava invadir o Jardim e subtrair a Árvore da
Vida, conseguindo assim a eternidade física, ou apenas viver no lugar mais
protegido e seguro da face da terra, visto ser protegido pelos poderosos
querubins! De uma maneira ou de outra, ele estaria se assegurando de que
ninguém o mataria, como ele mesmo dissera a Deus que aconteceria se alguém o encontrasse,
por ter ele assassinado a seu irmão Abel (Gênesis 4:14-16).
haviam outras raças, que não a humana, convivendo com o homem na
terra, e que também poderiam ficar tentadas a invadir o lugar sagrado e roubar
a Árvore da Vida, visto serem seus integrantes constituídos também de carne,
exatamente como o homem, sendo, portanto, mortais (Gênesis 6:1-4). Vamos deixar
para falar dessas raças, em uma outra ocasião, está bem? Não podemos, nem devemos deixar de examinar cuidadosamente,
esses mistérios bíblicos!
Ao analisarmos,
pois, friamente, a forma e o comportamento da espada girante, vemos que ela se
assemelha muito mais a um satélite
espião do que qualquer outra coisa que já possamos ter analisado,
enquanto os querubins se assemelham muito mais a poderosas
naves de combate do que a anjos desconhecidos! Sei que os irmãos, estão com vontade de me excomungar de vez, por
não acreditar que um cristão selado na fé e que procura imitar a
Cristo, com mais de 70 anos e um pouco mais 3 anos de ministério, possa falar
com tanta crueza, tanta frivolidade, em satélites espiões, naves espaciais e
raças desconhecidas convivendo com a humana, dizendo fazer isso baseado nas
informações das Escrituras Sagradas!
Sei que a tendência
no meio cristão é olhar para as coisas integrantes desta narrativa do Gênesis,
apenas como se fossem representações de coisas espirituais, cheias de
significado religioso, tais como; o jardim do Éden representando o céu perdido;
a Árvore da Vida, o Cristo eterno; a espada de fogo e os querubins, a Palavra
de Deus e os anjos do Senhor que nos livram de cair, e por aí vai.
Não estamos errados
em pensar assim! Temos respaldo bíblico para crer dessa maneira! Mas, após
estudar o comportamento dos querubins e da espada chamejante por algum tempo, estou
plenamente convencido de que só dizer que eles eram símbolos espirituais, ou
elementos de consistência puramente espiritual não é suficiente! Ou todos os
textos bíblicos que possuímos sobre os querubins se referem a vários tipos de
criaturas, diferentes uns dos outros, e daí termos de interpretá-los também
diferentemente, separadamente, em seus respectivos blocos, ou todos os textos
bíblicos que possuímos se referem a uma única criatura, e aí, temos de
interpretá-los todos conjuntamente, em único bloco, de forma a harmonizá-los
equilibradamente. Ao fazermos isto, porém, a conclusão nos leva a algo tão
impressionante, tão imprevisível, tão exótico, que jamais pensaríamos ser
possível existir no universo de Deus!
Como vimos
anteriormente, as Escrituras nos dão o desenho dos querubins não apenas como
anjos – seres espirituais dotados de grande poder e força, como Lúcifer e os
querubins gravados nos símbolos do Tabernáculo – mas também como seres
descomunais, espetaculares, capazes de adentrar mundos materiais e espirituais,
alterando sua forma, tamanho e estrutura (de espiritual para material e
vive-verso) para poderem suportar as leis físicas e espirituais dos mundos em
que adentram. Que tipo de criatura é esta que, ora aparece como um anjo comum,
ora como uma máquina aterradora? Que congrega em si todas as características de
um ser espiritual e também as características de uma nave espacial? Que é
responsável em proteger o sagrado, mas também é responsável em “sustentar e
transportar” o trono do Senhor em seus deslocamentos pelo Universo quando este
tem de adentrar os vários mundos que governa, em forma corporal, limitada,
micronizada, por ter o Senhor de assumir a forma dos habitantes do mundo que
visita? Não foi exatamente isto o que aconteceu quando o Cristo veio nos
salvar? (Filipenses 2:5-7). Ou será que o estudante das Escrituras acha que o
Universo não tem problema algum e que o Senhor o administra sentado de seu
trono, sem sair do lugar? Acredita realmente nisso, mesmo depois da rebelião de
Lúcifer, quando a Bíblia ensina que a própria harmonia do Cosmo ficou
desestabilizada e que cabe a Cristo restaurá-la? (Efésios 1:10 / Colossenses
1:20). Acaso o amado já leu Miquéias 5:2 que afirma que da cidade de Belém
nasceria o Senhor “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade?” Que “saídas” são estas e que “dias da eternidade” são estes a que
o profeta se referiu? Certamente que essas “saídas” falam da forma do Senhor
administrar o seu universo, como seja: indo pessoalmente ao local onde o
problema se encontra e os “dias da eternidade”, as eras longínquas em que o
Cristo já assim operava!
Ezequiel viu, por
duas vezes, os estranhos seres que a Bíblia chama de querubins e ficou
absolutamente estupefato com eles! (1:1-28 / 9:3 /10:1-22). Davi também os viu
e, entre assustado e maravilhado, cantou-os em seus Salmos! (II Samuel 22: 5-17
/ Salmo 18:6-16). Muitos comentaristas afirmam ser o conteúdo destes cânticos
davídicos apenas uma forma poética do rei-cantor falar sobre a extraordinária
resposta que Deus dera à sua oração, mas ainda que esta resposta fosse cantada
em forma poética não significaria dizer que os elementos constituintes de tal
canção não fossem verdadeiros, ou seja, Davi teria necessariamente de saber o
que era um querubim e a sua função para poder cantá-los em suas prosas e
versos! O mais interessante porém, é que, ao falar dos querubins, Davi não os
descreveu com a forma angelical com que eram desenhados nos elementos do
Tabernáculo (cortinas, propiciatório e véu do Santíssimo), ou seja, como anjos,
com apenas um rosto e um par de asas, mas exatamente como Ezequiel os
descreveria quase quinhentos anos mais tarde em seu livro! Isto ainda parece poesia
para vocês, amados irmãos? Davi disse em II Samuel 22:11 que, quando o Senhor
acabara de intervir em seu favor, que o Senhor “subiu em um querubim e voou”, e
que “foi visto sobre as asas do vento”. Tanto o Senhor quanto o querubim que o
transportava foram vistos por várias pessoas! De posse de todos esses dados,
não consigo fugir da conclusão de que os querubins são extraordinárias “consciências-naves”! Não naves
espaciais inteligentes, autônomas, como as que ouvimos falar, que são sempre
materiais e não possuem vontade própria, mas “consciências-naves”,
visto, em diversas passagens bíblicas, eles se apresentarem com consciência,
personalidade, adorando insistentemente ao Senhor, de dia e de noite!
(Apocalipse 4:6-8). Reconheço que este termo, além de não ser bíblico, pode não
ser o mais adequado para descrever um ser com a complexidade de um querubim,
mas foi o que me pareceu melhor para descrevê-los. Falarei das naves espaciais
e de seus tripulantes conforme aparecem na Bíblia em outra oportunidade e você
verá as diferenças entre elas e um querubim.
NA FÉ, VOANDO COMO
UM QUERUBIM.
Amados irmãos, não
fiquem boquiabertos com tudo o que leram até agora não, eu sei que o desejo de
muitos por aí afora era de me atrelar numa enorme coivara de anátemas. O texto afirma que foi o Senhor Deus quem
colocou a espada chamejante e os querubins para protegerem o caminho que levava
a Arvore da Vida? Que isto tão somente significa dizer que o Senhor Deus tem o
controle de tudo e de todos em todos os mundos materiais e espirituais que
existam? Que pavor, pois, é este, de ouvir falar em seres extraterrestres,
quando governos do mundo inteiro estão liberando seus arquivos mais secretos
para a população comum sobre criaturas aliens, vidas extra e interplanetárias e
Ovnis? Como ficaria a fé do irmão no dia em que se noticiasse, ao vivo, a
captura de um ser de outro mundo ou de uma de suas potentes naves? A fé do meu
irmão se agigantaria ou ficaria sem base de crença alguma, sem nada em que se
apoiar?
Amado ou amada, sua
fé pode dar um salto gigantesco, sobrenatural, se tão somente o amado ou a
amada acreditar que o Deus a quem servimos não é apenas Deus sobre os céus onde
vivem os anjos, a terra, onde vivem os homens, e o inferno, onde estão os
demônios, mas também é Senhor sobre todos os mundos imagináveis e inimagináveis
existentes neste Universo, onde podem estar habitando as mais estranhas e
incríveis criaturas, visíveis e invisíveis, com corpos mais densos ou mais
sutis do que o nosso, destinadas a funções que sequer imaginamos serem
possíveis! Não ficaria esta sua crença mais de acordo com a imensidão do Deus misericordioso
da Bíblia, e mais harmônica também com as aparentes contradições das
Escrituras? Acaso o amado se esqueceu que o Cristo, a quem amamos tanto e
respeitamos, é o Criador de todo o Universo? O apóstolo João disse que “tudo foi feito por Ele (Cristo) e para Ele (Cristo) e que sem Ele
(Cristo), nada do que foi feito se fez” (João 1:3). O apóstolo
Paulo escreveu aos crentes de Colossos dizendo que “Nele (em Cristo) foram criadas todas as coisas que há nos céus e
na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades: tudo foi criado por Ele (Cristo) e para Ele
(Cristo) e Ele (Cristo) é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem
por Ele (Cristo)” – Colossenses 1:16,17. Cristo foi o Criador
de tudo! Quanto mais complexa e intrincada for uma criatura, um ser
extra-físico ou intra-físico, um querubim, um homem, ou o que quer que seja,
maior será a grandeza de nosso Cristo que teve a sabedoria, a inteligência, o
conhecimento para criar um ser assim!
O DESTINO DA ESPADA
CHAMEJANTE E DOS QUERUBINS DO ÉDEN
Uma pergunta, porém,
ainda fica no ar: Qual o destino final da espada chamejante e dos estranhos
querubins do Éden? Para onde foram eles? Até quando eles permaneceram no Éden,
em sua missão protetora?
A Bíblia não
informa, de maneira direta, absolutamente nada sobre o destino desses dois
elementos e, sempre que a Bíblia faz isto, ou seja, sempre que ela silencia
sobre algo, é porque os humanos não o merecem ou é porque o assunto não
interessa aos humanos, mas faz parte das coisas ocultas de Deus (Deuteronômio
29:29), ou porque a coisa que procuramos já se encontra revelada nas Escrituras
Sagradas, de forma indireta, e devemos envidar todos os nossos esforços para
encontrá-la.
No caso em questão,
creio que a resposta se encontra na segunda alternativa. A espada chamejante é
citada unicamente nesta passagem bíblica, enquanto os querubins, em dezenas de
citações por vários livros da Bíblia. Tendo em vista que a missão da espada
chamejante e dos querubins estava relacionada à proteção do caminho que levava
à Árvore da Vida – não à Arvore da Vida em si, mas do caminho que levava à ela
-, essa missão teria que perdurar enquanto tal caminho existisse ou aquilo que
pudesse ser encontrado ao final dele também, a saber, a Árvore da Vida.
Não temos nenhuma
informação sobre uma possível retirada da Árvore da Vida, do Jardim do Éden,
feita diretamente por Deus, mas temos informações que o distrito do Éden, ao
ser invadido pelas águas do Dilúvio, ficou totalmente desfigurado, tendo dois
de seus quatro rios, a saber, o Giom e o Pisom, sido eliminados de seu
território (Gênesis 2:10-14). A partir desta catástrofe, não mais se ouvirá
falar destes dois rios, que desapareceram do mapa. Outra coisa a considerar é
que, a única família de humanos que o Senhor salvara das águas do Dilúvio, a
saber, a família de Noé, fora salva justamente por ter demonstrado temor ao seu
Nome. Não faria sentido algum esta família se revoltar, depois do Dilúvio, contra o Senhor, retornar
da Armênia, onde estavam – cerca de 800 quilômetros do ponto de onde saíra –
para tentar raptar a Árvore da Vida em um território que não podia mais ser
reconhecido! (Gênesis 8:4). Temos assim que o Dilúvio foi o tempo limite para a
permanência da espada e dos querubins no Éden. Quanto a Arvore da Vida, esta só
vai ser citada novamente no último livro da Bíblia, o Apocalipse, e ali, mais
uma vez, ela vai estar relacionada à saúde dos corpos dos santos e a
permanência continuada e desejada da vida eterna física (Apocalipse 2:7 /
22:2).
Chama a atenção o
fato de o Dilúvio, segundo os historiadores bíblicos, só ter acontecido cerca
de 1600 anos depois da expulsão do homem do Jardim do Éden. Até acontecer tal
catástrofe, aquele local sagrado atuou como um símbolo revelador dos propósitos
mais elevados de Deus para com a raça humana e a perda da comunhão que o homem
tivera com o seu Criador pela introdução do pecado. Conseguiriam os guardiões
do Éden ficar tanto tempo desempenhando aquela missão? Claro que sim, tendo em
vista que fora Deus mesmo quem ordenara a missão. Os querubins, caso fosse
necessário, poderiam se revezar constantemente e a espada girante, reabastecida
de tempos em tempos com algum tipo de combustível até o momento desconhecido
para nós, caso esta fosse um objeto de consistência inteiramente material,
conforme já temos discutido ao longo desta nossa palestra. O certo é que depois
do Dilúvio não se houve mais falar do Paraíso do Éden, estando a missão da
espada chamejante e dos querubins definitivamente terminada.
CONCLUSÃO:
Chegando ao final
deste nosso fantástico e eletrizante episódio, o amigo pode dizer não ter
entendido o porquê de um dos mais humilde dos servos de Deus, enquadrar este assunto dentro de um tema tanto quanto esquisito como este,
“Extraterrestres”, já que ele não fala especificamente sobre alienígenas, ou
naves espaciais e sim, sobre seres que podem se comportar como se fossem
verdadeiras naves, mas que naves não são, e de um instrumento que bem poderia ser
um satélite-espião, mas que não dispomos de muita informação para assim
enquadrá-lo. Verdade é que, em se tratando todos os textos bíblicos que falam
sobre os querubins de uma única entidade, estes não poderiam ser considerados
mesmo alienígenas, no sentido que damos à esta palavra, mas sim “consciências-naves”, como já os foram
denominados acima. Caso, porém, os textos encontrados se refiram a vários tipos
de entidades, diferentes entre si, como anjos, símbolos espirituais, naves
espaciais, etc., todos recebendo a mesma designação de querubim, então os
guardiões alados do Éden, o querubim visto por Davi e Ezequiel, se enquadrariam
perfeitamente na definição moderna que deu-se aos objetos voadores não
identificados – Ovnis, e este texto deveria estar sim, enquadrado dentro do
tema dos “Extraterrestres”. Outra razão para ter-se escolhido o texto dos
guardiões do Éden para começar a falar sobre seres alienígenas na Bíblia, é que
ele introduz o leitor no assunto como nenhum outro texto o faz. Na verdade, eu
tinha a intenção de analisar outros relatos sobre o tema aqui referido dentro
desta mesma explanação, mas sei que o leitor pode estar vivenciando momentos
terríveis de intensa perturbação intelectual e espiritual. Então vou encerrar
esta primeira experiência interpretativa, e jogar para a próxima, o exame de
mais um texto bíblico do Antigo Testamento sobre o assunto, está bem?
Que Deus me perdoe
se nalguma coisa fui profano, portanto vos rogo pela vossa misericórdia, e abençoe
a todos. Amém!
Irmão messias