Trate os outros como Deus deseja que os tratemos
O que talvez venha à
mente de muitos cristãos ao se mencionar a antiga Tiro? Descreva alguns
dos tratos entre o Rei Hirão e Israel.
O que desejamos
considerar com relação a Tiro? Muitos
cristãos talvez se lembrem de como as profecias se cumpriram quando Alexandre,
o Grande, raspou os entulhos das ruínas da Tiro continental e construiu um
aterro até a cidade-ilha de Tiro, que era mais nova, e a destruiu (Ezequiel 26:4, 12; Zacarias 9:3, 4).
Mas será que a
menção de Tiro o faz pensar em como tratar seus irmãos espirituais, ou outros,
e em como não os tratar?
Por que Tiro foi
destruída? “Por causa de três revoltas de Tiro . . . , por
entregarem a Edom um grupo inteiro de exilados e por não se terem lembrado do pacto de irmãos. E vou
enviar fogo sobre a muralha de Tiro.” (Amós 1: 9, 10).
Em tempos
anteriores, o Rei Hirão, de Tiro, havia mostrado boa vontade para com Davi
e fornecido materiais para o templo de Salomão.
Este fez um pacto
com Hirão e deu-lhe cidades na Galileia. Hirão chamou Salomão de “meu irmão”. (1 Reis 5:1-18; 9:10-13, 26-28; 2 Samuel 5:11).
Quando Tiro ‘não se
lembrou do pacto de irmãos’ e vendeu alguns do povo de Deus como escravos, isso
não passou despercebido por Deus.
Aqui podemos tirar
do fato de que, Deus condenou os cananeus de Tiro, por terem tratado mal o Seu
povo? Sim, basicamente se envolve como
tratarmos nossos irmãos espirituais.
Em capítulos
anteriores deste livro examinamos alguns conselhos dos 12 profetas, sobre
como tratar os outros; tais como ser justo nas práticas comerciais e casto na
conduta.
Mas esses
12 livros contêm mais indicações sobre como Deus deseja que tratemos os
outros.
NÃO SE ALEGRE COM A
DESGRAÇA ALHEIA
Em que sentido os
edomitas eram “irmãos” de Israel, mas como os trataram?
Pode-se aprender o
seguinte: que, por o não cumprimento da palavra, ou o desrespeito pela própria
confirmação do carácter; cuja causa foi
o suficiente para a condenação de Deus contra Edom, um país que ficava perto de
Israel: “Não devias ter contemplado o espetáculo no dia de teu irmão, no dia do
seu infortúnio; e não te devias ter alegrado sobre os filhos de Judá no dia de
seu perecimento.” (Obadias 12).
Os tírios, talvez
fossem “irmãos” nos tratos comerciais, mas os edomitas, eram “irmãos” de Israel
no verdadeiro sentido; pois descendiam de Esaú, gêmeo de Jacó.
Pois, até mesmo Deus
chamou os edomitas de “irmãos” de Israel. (Deuteronômio 2:1-4).
Assim, foi realmente odioso os edomitas se
alegrarem quando os judeus sofreram calamidade nas mãos dos babilônios. Ezequiel 25:12-14.
Sob que
circunstâncias a pessoa talvez demonstre um espírito semelhante ao dos
edomitas?
Deus obviamente não
aprovou o modo como os edomitas trataram seus irmãos judeus.
Mas pode-se
perguntar: ‘Como Deus avaliaria o modo como eu trato meus irmãos?’ Algo a pensar é, como encaramos e tratamos um irmão quando há
desacordos.
Por exemplo, suponhamos
que um cristão o tenha ofendido, ou tido um problema com um parente seu. Se
você “tiver razão para queixa” contra esse irmão, ficará ressentido, não
esquecerá o assunto nem tentará resolvê-lo?
Essa atitude poderá
influir nas suas relações com esse irmão; poderá tratá-lo com frieza,
evitar sua companhia ou falar mal dele.
Ampliando o exemplo,
imagine que esse irmão mais tarde cometa um erro, vindo até mesmo a precisar de
conselhos ou de correção por parte dos anciãos da congregação. (Gálatas 6:1).
Será que você
refletiria o espírito dos edomitas e se alegraria com as dificuldades desse
irmão? Como Deus gostaria que você agisse?
Em contraste
com Zacarias 7:10, o que Miqueias 7:18 sugere
que façamos?
Deus fez com que
Zacarias mencionasse o Seu desejo de ‘não maquinarmos nada de mau um contra o
outro nos nossos corações’. (Zacarias 7:9, 10; e 8:17).
Esse conselho se aplica quando achamos que um
irmão nos prejudicou ou agiu mal com alguém da nossa família, ou qualquer uma
outra pessoa que esteja sendo injustiçada. Nesses casos, é fácil ‘maquinar o
mal no coração’ e, depois, refletir isso nas nossas ações. Mas Deus deseja que
imitemos seu bom exemplo. Lembre-se de que Miqueias escreveu que Deus
‘perdoa o erro e passa por alto a transgressão’ (Miqueias 7:18).
Como podemos aplicar
isso?
Em certos casos, por
que podemos preferir simplesmente esquecer uma ofensa?
Talvez estejamos
magoados com o que se fez a nós ou a um parente, mas é algo realmente sério? As
Escrituras na Bíblia, delineia os passos a ser dados para resolver desavenças,
até mesmo quando se peca contra um irmão.
No entanto, muitas
vezes é melhor simplesmente desconsiderar o erro ou a ofensa, ou seja, ‘passar
por alto a transgressão’. Pergunte-se:
‘Será essa uma das
77 vezes que eu devo perdoá-lo? Por que não simplesmente esquecer o
assunto?’ (Mateus 18:15-17, 21, 22).
Mesmo que a ofensa
pareça grande agora, será assim daqui a mil anos? Aprenda um pouquinho mais em Eclesiastes 5:20, sobre
o trabalhador que se delicia com o alimento e a bebida: “Raramente [ele] fica
pensando na brevidade de sua vida, porque Deus o mantém ocupado com a alegria
do coração.”
À medida que a
pessoa alegremente se concentra nos seus prazeres do momento, ela tende a
esquecer os problemas da vida diária. Podemos imitar essa atitude?
Se nos concentrarmos
nas alegrias de nossa fraternidade cristã, conseguiremos esquecer assuntos sem
importância permanente, dos quais não mais nos lembraremos no novo mundo. Isso
é muito diferente de alegrar-se com a desgraça alheia, ou guardar
ressentimentos.
FALE SEMPRE A
VERDADE
Que desafio
enfrentamos com relação, a sempre se falar a verdade?
Os 12 livros
proféticos acentuam também o quanto Deus deseja que sejamos verídicos nos
nossos relacionamentos.
Naturalmente, nós
nos esforçamos em falar ‘a verdade das boas novas’ aos outros. (Colossenses 1:5; 2 Coríntios 4:2; 1 Timóteo 2:4, 7).
O que pode ser um
desafio, porém, é sempre falar a verdade com a família e os irmãos espirituais
na comunicação diária, que envolve uma ampla variedade de assuntos e situações.
Por que pode ser um
desafio?
Em que situações
talvez sejamos tentados a não falar toda a verdade, mas o que devemos nos
perguntar?
Quem de nós nunca
disse ou fez algo maldoso que depois teve que se explicar? Provavelmente nos sentimos constrangidos ou
um tanto culpados.
Esses sentimentos,
podem levar a pessoa a negar o que fez, ou a dar uma “explicação” que, deturpa
a verdade a fim de desculpar o erro, ou fazê-lo parecer correto.
Ou numa situação
embaraçosa, talvez sejamos tentados a ocultar certos detalhes, para minimizar o
erro.
Assim, o que dizemos
talvez seja essencialmente verdade, mas passa uma impressão bem diferente.
Embora não seja uma mentira flagrante, que é comum no mundo de hoje!
Ou será que agir
assim, é realmente ‘falar a verdade cada um com o seu próximo’, ou irmão? (Efésios 4:15, 25; e 1Timóteo 4:1, 2).
Quando um cristão
diz coisas que no íntimo ele sabe que induz irmãos a uma conclusão errada, ou a
crer em algo que realmente não é verdade ou exato, como você acha que Deus
encara isso?
Como os profetas
descrevem um comportamento que era comum nos antigos de Israel e Judá?
Os profetas sabiam
que até mesmo os homens e as mulheres dedicados a Deus, nem sempre fazem o que
ele espera deles.
Oseias expressou os
sentimentos de Deus a respeito de certas pessoas nos seus dias: “Assolação para
eles, pois transgrediram contra mim! E eu mesmo passei a remi-los, porém, eles
mesmos falaram mentiras até contra mim.” Além de falarem mentiras descaradas e
flagrantes contra O SENHOR, alguns ‘proferiam maldições e praticavam o engano’,
talvez distorcendo os fatos para desencaminhar a outros. (Oseias 4:1, 2;
e 7:1-3, 13; e 10:4; e 12:1).
Oseias escreveu
essas palavras em Samaria, o reino do norte. Será que a situação em Judá era
melhor?
Miqueias nos
informa: “Os
seus próprios ricos ficaram cheios de violência e seus próprios habitantes
falaram falsidade, e a língua deles é insidiosa na sua boca.” (Miqueias 6:12). É
bom termos em mente que esses profetas condenaram a “prática do engano” e os ‘de
língua insidiosa na sua boca’.
Assim, até mesmo os
cristãos, que com certeza não devem mentir deliberadamente, podem perguntar-se:
‘Será que às vezes engano aos outros, ou tenho uma língua insidiosa? O que Deus
espera de mim nesse respeito?’
O que os profetas
revelam sobre como Deus deseja que sejam as nossas palavras?
No lado positivo,
Deus também usou os profetas para deixar claro o bem que ele espera de
nós.
Zacarias 8:16 diz:
“Estas são as coisas que deveis fazer: Falai verazmente uns com os outros.
Fazei o vosso julgamento nos vossos portões com verdade e com julgamento de
paz.” Nos dias de Zacarias, os portões eram locais públicos em que os anciãos
resolviam causas jurídicas. (Rute 4:1; e Neemias 8:1).
Mas ele não disse
que somente nesses casos se devia falar a verdade. É preciso ser verídico nas
situações formais, mas também somos exortados: “Falai verazmente uns com os
outros.” Isso inclui falar a verdade em casa com o cônjuge ou com parentes.
Também ao conversar
com nossos irmãos espirituais — face a face, por carta, telefone ou
qualquer que seja outra maneira.
Eles têm todos os
motivos para esperar que falemos a verdade. Os pais cristãos devem enfatizar
aos filhos a importância de evitar a falsidade. Assim eles crescerão sabendo que
Deus espera que evitem a “língua insidiosa” e sejam realmente verídicos no que
disserem. — Sofonias 3:13.
Que lições valiosas
podemos aprender dos livros proféticos?
O jovem ou adulto
que se apega à verdade aceita a exortação de Zacarias: ‘Ama a verdade e a paz.’
(Zacarias 8:19)
Vamos ver como
Malaquias descreveu o exemplo que Deus viu em Seu Filho: “A própria lei da
verdade mostrou estar na sua boca, e não se achou injustiça nos seus lábios.
Andava comigo em paz
e em retidão” Malaquias 2:6.
Será que Deus
esperaria menos de nós? Lembre-se,
temos à disposição a Sua Palavra completa, incluindo os 12 profetas, e
todos os ensinamentos que podemos aprender deles.
EVITE A VIOLÊNCIA
NOS SEUS RELACIONAMENTOS:
Miqueias 6:12 revela
a existência de um outro problema naquela época?
Miqueias 6:12 diz
que uma das maneiras de o povo de Deus do passado maltratar os outros era por
‘falar falsidades e ter uma língua insidiosa’.
No entanto, esse
versículo identifica ainda outro defeito grave. Menciona que ‘os ricos haviam
ficado cheios de violência’. Em
que sentido, e que conhecimento podemos aprender ou tirar disso?
Que reputação,
algumas nações vizinhas do povo de Deus, tinham com respeito à violência?
Veja que reputação
tinham algumas nações vizinhas do povo de Deus. Ao nordeste ficava a Assíria,
com sua capital Nínive, sobre a qual Naum escreveu: “Ai da cidade de
derramamento de sangue. Ela está cheia de impostura e de roubo. A presa não
se afasta!” (Naum 3: 1).
Os assírios eram
conhecidos por sua agressividade na guerra e crueldade com que tratavam os
prisioneiros de guerra — alguns eram queimados ou esfolados vivos, outros
eram cegados ou se lhes decepavam o nariz, as orelhas ou os dedos.
O livro Deuses, Túmulos e Sábios diz: “Nínive gravou-se na
consciência dos homens quase unicamente por estar ligada a assassinato, saque,
repressão, violação dos fracos, guerra e terror de toda sorte.” Temos uma
testemunha ocular (e possivelmente participante) dessa violência. Depois de
ouvir a mensagem de Jonas, o rei de Nínive disse a respeito de seu povo:
“Cubram-se de serapilheira, homem e animal doméstico; e clamem a Deus com força
e recuem, cada um do seu mau caminho e da violência que havia nas suas mãos.”
— Jonas 3:6-8.*
A violência crassa
não se restringia à Assíria. Edom, a sudeste de Judá, também recebeu o castigo.
Por quê?
“No que se
refere a Edom, tornar-se-á um ermo de desolação, por causa da violência feita
aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente.” (Joel 3:19).
Será que os edomitas
acataram esse aviso e abandonaram seus modos violentos?
Uns dois séculos
depois, Obadias escreveu: “Teus poderosos hão de ficar aterrorizados, ó
Temã [cidade edomita], . . . Por causa da violência feita ao teu
irmão Jacó . . . terás de ser decepado por tempo indefinido.” (Obadias 9, 10).
Mas que dizer do
povo de Deus?
Amós e Habacuque
revelaram a existência de que problema nos seus dias?
Amós revelou qual
era a situação em Samaria, capital do reino do norte: “‘Vede as muitas
desordens no meio dela e as defraudações dentro dela. E não souberam fazer o
que é direito’, é a pronunciação de Deus, ‘os que armazenam violência e
assolação’.”
Talvez se pense que
seria diferente em Judá, onde ficava o templo de Deus. Mas Habacuque, que morava em Judá, perguntou a
Deus: “Até quando clamarei a ti por socorro contra a violência e tu não
salvarás?
Por que me fazes ver
o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça?
E por que há
assolação e violência diante de mim?” Habacuque 1:2, 3; 2:12.
Por que talvez se
tenha desenvolvido a tendência para a violência entre o povo de Deus?
Será que a violência
entre o povo de Deus se tornara comum por causa da influência da Assíria, de
Edom e de outras nações?
Salomão havia
alertado sobre essa possibilidade: “Não fiques invejoso do homem de violência,
nem escolhas a quaisquer dos seus caminhos.” (Provérbios 3:31; 24:1).
Mais tarde, Jeremias
foi específico: “Assim disse Deus: ‘Não aprendais absolutamente o caminho das
nações.’”
Jeremias 10: 2; Deuteronômio 18: 9.18,
19.
Se Habacuque vivesse
hoje, como sem dúvida encararia as modernas expressões de violência?
O que você acha da
violência dos nossos dias?
Se Habacuque vivesse
hoje, não ficaria estarrecido diante da violência atual?
Muitos são expostos
à violência desde a infância. Desenhos animados que divertem meninos e meninas
apresentam violência — um personagem tenta esmagar, explodir ou de outra
maneira destruir o outro.
Logo, muitos jovens
passam para jogos de computador nos quais vencem alvejando, explodindo ou
aniquilando oponentes. “É apenas uma brincadeira”, há quem proteste.
Mesmo assim, jogos
violentos num computador em casa ou numa lan house mergulham
os usuários na violência, não só adolescentes, pré-adolescentes e até crianças,
moldando suas atitudes e reações.
Como são certas
estas palavras inspiradas: “O homem de violência seduzirá seu próximo e
certamente o fará ir num caminho que não é bom”! Provérbios 16:29.
Embora Habacuque
fosse obrigado a observar a mera desgraça e a
“violência diante” dele, isso o afligia. Assim, você poderá perguntar-se: ‘Será
que ele se sentiria à vontade ao meu lado assistindo aos programas de televisão
a que eu assisto?’
Ou: ‘Será que ele
assistiria aos chamados eventos esportivos que são violentos por natureza, em
que os jogadores até usam armaduras protetoras semelhantes às dos antigos
gladiadores?’
Em certos jogos, a
emoção para muitos vem das disputas violentas na quadra ou no campo, ou das
brigas entre torcedores fanáticos.
Em certos países,
muitos assistem a filmes e fitas de vídeo com enredos de guerra ou artes
marciais. Como desculpa talvez se diga que se trata de história ou de amostra
do passado cultural do país, mas será que isso torna a violência mais aceitável?
Provérbios 4:17.
A respeito de que
tipo de violência Malaquias expressou o conceito de Deus?
Malaquias mencionou
ainda outro aspecto ao destacar o conceito de Deus sobre a traição de alguns
judeus às suas esposas.
“‘Ele tem odiado o
divórcio’, disse o SENHOR, o Deus de Israel; ‘e aquele que cobriu a sua
vestimenta de violência’.” (Malaquias 2:16).
A expressão hebraica traduzida “cobriu a sua
vestimenta de violência” tem sido entendida de várias maneiras. Alguns eruditos
acham que significa manchar a roupa de sangue ao atacar uma pessoa com
violência.
Seja como for,
Malaquias condenava claramente o abuso conjugal. De fato, ele levantou a
questão da violência num contexto doméstico, e mostrou que Deus a desaprova.
Em que situações o
cristão tem de evitar a violência?
A violência (física
ou verbal) na privacidade de um lar cristão não é menos condenável do que a
violência em público; Deus observa tudo. (Eclesiastes 5:8).
Embora Malaquias se
refira à violência contra a esposa, nada nas Escrituras da Bíblia, a torna menos repreensível se for cometida por
um homem contra seus filhos ou pais idosos. Tampouco é desculpável se for
praticada por uma esposa contra o marido, os filhos ou os pais.
Admite-se que numa
família de humanos imperfeitos podem surgir tensões irritantes e, às vezes,
fúria.
Mesmo assim, as
Escrituras na Bíblia aconselham: “Ficai furiosos, mas não pequeis; não se ponha
o sol enquanto estais encolerizados.” Efésios 4: 26; 6:4; Salmo 4:4; Colossenses 3:19.
Como sabemos que é
possível não ser violento, mesmo que muitos ao redor o sejam?
Alguns talvez
justifiquem sua violência, dizendo: ‘Sou assim porque fui criado numa família
violenta’, ou: ‘As pessoas da minha terra ou da minha raça têm sangue quente,
são mais explosivas.’
No entanto, ao
condenar os ‘ricos que ficaram cheios de violência’, Miqueias não deu a
entender que eles não tinham como agir de outro modo por terem sido criados num
ambiente violento.
Nos dias de Noé, a
Terra estava “cheia de violência” e seus filhos cresceram nesse meio. Será que
se tornaram violentos? Obviamente não! “Noé achou favor aos olhos de Jeová”,
seus filhos o imitaram e foram preservados no Dilúvio. — Gênesis 6:8, 11-13; Salmo 11:5.
O que nos ajuda a
evitar ser conhecidos como pessoas violentas?
Como Deus encara os que tratam os outros assim, como ele deseja que
sejam tratados?
Em todo o mundo, o
povo de Deus é conhecido por ser pacífico, não violento. Ele respeita e acata
as leis de César contra atos violentos. (Romanos 13:1-4).
‘Forja de suas
espadas relhas de arado’ e se empenha pela paz. (Isaías 2:4)
Esforça-se em
assumir a “nova personalidade”, que ajuda a evitar a violência. (Efésios 4:22-26).
E seguem o bom
exemplo dos anciãos cristãos, que não podem ser ‘espancadores’, nem em palavras
nem em ações. — 1 Timóteo 3:3; Tito 1:7.
Realmente podemos
— e temos de — tratar os outros assim como Deus deseja que os
tratemos. Oseias diz: “Quem é sábio para entender estas coisas?
Discreto, para sabê-las?
Pois os caminhos de Deus são retos e os justos serão os que andarão neles.” Oseias 14:9.
Quanto a ‘passar por
alto a transgressão’, certo erudito diz que, essa metáfora hebraica “se inspira
na conduta de um viajante que segue seu rumo sem se deter num objeto ao qual
ele não deseja dar atenção.
A ideia [não é que
Deus não vê o pecado] mas que, em casos específicos, ele não o observa com o
objetivo de punir; que ele não pune, mas perdoa”.
Há uns 35 quilômetros a sudeste de Nínive,
ficava a cidade de Calá (Nimrud), reconstruída por Assurnasirpal.
O Museu Britânico
expõe painéis de parede de Calá, a respeito dos quais ler-se: “Assurnasirpal
não poupou detalhes da ferocidade e brutalidade de suas campanhas. Os
prisioneiros eram pendurados em postes ou cravados em estacas junto às muralhas
de cidades sitiadas; rapazes e moças eram esfolados vivos.”
Irmão messias