O Povo Escolhido de
Deus
"Em herança
possuireis a sua terra, e eu vo-la darei para a possuirdes, terra que mana
leite e mel: Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos separei dos povos. Ser-me-eis
santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes
meus" (Levítico 20.24,26).
Seja o que for que
alguém escolha acreditar, a Palavra de Deus declara repetida e claramente que
Israel é Seu povo especialmente escolhido e que jamais perderá essa condição
singular. O destino peculiar de Israel, ordenado por Deus para cumprir Sua
vontade para a humanidade, é o tema dominante das profecias bíblicas. As
profecias sobre o Messias estão inseparavelmente ligadas a Seu povo, Israel.
Seria a Israel, e através dele ao mundo, que o Messias, Ele mesmo um judeu,
viria.
Logo, uma percepção
clara das profecias a respeito do passado, presente, e futuro de Israel é
fundamental para a compreensão de ambos os adventos de Cristo, Sua vinda
histórica e Sua promessa de "voltar novamente". Israel, como já
notamos, é o relógio profético de Deus, um grande sinal que Ele deu ao mundo
para provar a Sua existência e demonstrar que está no comando da história. Por
mais que isso não agrade a alguns, os judeus são o povo escolhido de Deus.
Um povo escolhido?
Escolhido por Deus? Essa graça parece ter trazido mais que sua quota de
problemas. No filme Um Violinista
no Telhado, Topol (o artista principal do filme) ecoa o protesto
perplexo de muitos judeus: "Que tal escolher um outro povo!"
Obviamente esse pedido não muda os fatos. Não há como escapar do propósito de
Deus ou do registro bíblico.
Recusando-se a
encarar as evidências surpreendentes, os céticos descartam insolentemente a
simples sugestão de que poderia existir um "povo escolhido". Ateus
negam a existência de qualquer Deus para fazer a escolha. Apesar disso, essa
afirmação bíblica, mesmo que muito rejeitada, serviu para focalizar a atenção
do mundo nos judeus. Em vários casos, ela tem trazido a perseguição por parte
daqueles que odeiam os judeus, como se fossem estes os autores da idéia de que
Deus tinha alguma afeição especial por eles e um plano especial para eles.
Os muçulmanos, por
outro lado, insistem que não foram os descendentes de Isaque, mas os de Ismael
que foram escolhidos por Deus. A tribo Quraita, à qual pertencia Maomé,
afirmava que sua descendência se estendia até Ismael e, por meio dele, a
Abraão. Logo, argumenta-se, a terra de Israel (que os muçulmanos insistem que
foi prometida a Ismael) pertence aos árabes. Essa afirmação, porém, não tem
fundamento. A Bíblia declara o contrário: que o território de Israel pertence
aos descendentes de Isaque. Quanto ao Corão, ele sequer menciona Jerusalém ou
qualquer parte do território de Israel - uma omissão que é fatal às afirmações
islâmicas nestes últimos tempos.
Cinco
Características Distintivas de Israel
Vamos examinar mais
de perto esse notável "povo escolhido". Não há melhor lugar para se
começar do que o livro de Gênesis. Lá encontramos um homem chamado Abrão, a
quem Deus escolheu e mais tarde renomeou Abraão. Tanto os árabes (através de
Ismael) quanto os judeus (através de Isaque) o declaram como pai. Na realidade,
não há evidência de que os árabes descendam de Abraão por Ismael. Como Robert
Morey expôs em seu excelente livro The
Islamic Invasion (A Invasão Islâmica): "A prestigiosa Enciclopédia do Islã traça a
genealogia dos árabes a origens não-abraâmicas." A evidência de que os
judeus são descendentes de Abraão, porém, é surpreendente. Aqui é que começa a
história: "Ora, disse o
Senhor a Abrão: Sai da tua terra... e vai para a terra que te mostrarei; de ti
farei uma grande nação... abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os
que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra"
(Gênesis 12.1-3). "O
Senhor teu Deus te escolheu, para que fosses o seu povo próprio, de todos os
povos que há sobre a terra" (Deuteronômio 7.6).
Há cinco elementos
distintos na aliança que Deus fez com Abraão, Isaque, e Jacó (Israel) que
distinguem seus descendentes de todos os outros povos da terra. Aqui eles estão
na ordem em que foram dados: 1) a promessa de que o Messias viria ao mundo por
Israel; 2) a promessa de um certo território que foi dado a Israel como
possessão para sempre; 3) a lei mosaica e seus subseqüentes pactos de promessa,
que definiram um relacionamento especial entre Deus e Israel; 4) a manifestação
visível da presença de Deus entre eles; e 5) o reinado prometido do Messias, no
trono de Davi em Jerusalém, sobre Seu povo escolhido e sobre o mundo inteiro.
Nós vamos adiar até
mais tarde o estudo da primeira e última promessas acima, que são pertinentes
especificamente ao Messias, e lidar com as outras agora. Os versículos citados
de Gênesis 12 contêm a primeira promessa de um território que foi dado a Abraão
e seus descendentes. Os versículos seguintes àquele capítulo registram a saída
obediente de Abraão de Ur dos Caldeus, sua terra natal, onde sua família havia
vivido em idolatria por muitos anos após a dispersão dos construtores da Torre
de Babel. Ao redor das ruínas daquela Torre, a cidade de Babilônia foi
construída. Ela se tornaria a capital do primeiro império mundial, o lugar do
cativeiro de Israel mais tarde, e de grande importância relativa à volta de
Cristo a esta terra, como veremos.
Rapidamente
encontramos Abrão chegando na "terra de Canaã". Seus habitantes já
eram conhecidos como cananeus e possuíam a região naquela época. Essa era a
terra que Deus identificou a Abrão como sendo a terra que seus descendentes
possuiriam aproximadamente 400 anos mais tarde. Logo foi reconhecida como
"a terra prometida" e ainda hoje se referem a ela como tal. Os
versículos seguintes são uma amostra das muitas confirmações de Deus dessa
promessa especial a respeito da terra: "Apareceu o Senhor a Abrão, e lhe disse: Darei à tua descendência
esta terra... porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua
descendência, para sempre. Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para
dar-te por herança esta terra... a tua posteridade será peregrina em terra
alheia (Egito), e será
reduzida à escravidão... Na quarta geração tornarão para aqui. Naquele mesmo
dia fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra,
desde o rio do Egito (no deserto do Sinai) até ao grande rio Eufrates (e daí
continua uma descrição do território exato)" (Gênesis 12.7; 13.15; 15.7,13-16,18-21).
A mesma promessa é
repetida ao filho da Abraão, Isaque, em mais de uma ocasião. Por exemplo:"Porque a ti, e a tua descendência darei
todas estas terras, e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai... Na
tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra" (Gênesis
26.3-5). A promessa dupla da terra e do Messias é repetida
novamente a Jacó, a quem Deus, mais tarde, denominou Israel: "Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu
pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti, e
à tua descendência... e na tua descendência(i.e., no Messias) serão abençoadas todas as famílias da
terra" (Gênesis 28.13,14).
A Auto-Identificação
de Deus
Ligando Seu próprio
nome a essas promessas, o Deus da Bíblia Se identifica pelo menos dez vezes
como "o Deus de Abraão, o
Deus de Isaque, e o Deus de Jacó" (Êxodo 3.15,16; 1 Crônicas 29.18; Mateus
22.32; Atos 3.13, etc.). Ele Se revelou como tal para Moisés na
sarça ardente. Ao mesmo tempo, Ele deu a Moisés Seu nome, "Yahweh", que
significa "Eu sou Aquele que
é." Ele é o Ser auto-existente cuja existência não depende de
nenhum outro, e de quem a existência de tudo mais depende. Jesus usa o fato de
Yahweh ser conhecido como "o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó" para
argumentar em favor da ressurreição: "E quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos
declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é
Deus de mortos, e, sim, de vivos" (Mateus 22.31-32).
"Deus" não
é um nome, mas um termo genérico que poderia se aplicar a qualquer deus.
Portanto, o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó nos dá o seu nome. É
"Yahweh". Assim Ele é distinguido de todos os deuses das religiões do
mundo. "Yahweh" definitivamente não é Alá por várias razões. Suas
características são exatamente opostas. Mesmo assim, os dignitários mais
elevados da Igreja Católica Romana - no Vaticano II e outros lugares - declaram
que o Deus dos muçulmanos e dos cristãos é um e o mesmo. Até evangélicos,
tentando ser liberais e ecumênicos, estão sugerindo que os muçulmanos adoram o
mesmo Deus que os crentes. Nada poderia estar mais longe da verdade!
Aqui encontramos o
esclarecimento novamente através da compreensão do papel de Israel. Alá
certamente não é "o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó", mas seu inimigo
jurado que deseja a exterminação de seus descendentes! Alá é um nome próprio -
um nome que existia muito antes de Maomé inventar a religião anti-Israel e
anti-cristã do Islamismo. Alá era, como já notamos, o nome do deus lunar que
era representado pelo ídolo principal da Caaba em Meca. Daí o símbolo da lua
crescente. Apesar do Islamismo rejeitar totalmente a idolatria, Alá tem uma
longa história pré-islâmica como um deus pagão representado por um ídolo -
certamente não é o Deus da Bíblia!
Os deuses dos pagãos,
representados por ídolos, são denunciados de maneira coerente e repetida na
Bíblia, e aqueles que os adoram são condenados pelos profetas de Yahweh. Não há
o menor indício ou sugestão de que qualquer deus assim fosse ou pudesse ser uma
representação inconsciente de Yahweh. De fato, Paulo, como notamos, afirma que
aqueles que adoram ídolos, na verdade, adoram demônios que se identificam
através dos ídolos.
"Escolhido"
por um Deus "imparcial"?
Até mesmo entre
crentes há uma controvérsia crescente sobre a questão de Israel ainda ter ou
não um lugar especial nos planos de Deus. Essa polêmica é acompanhada pela
rejeição crescente do ensinamento bíblico de que o território de Israel
pertence aos judeus. Alguns argumentam que o fato de Deus ter escolhido Israel
significa que Ele estava demonstrando um favoritismo injusto. Afinal de contas,
a Bíblia diz que "Deus não
faz acepção de pessoas" (Atos 10.34).
Tal imparcialidade
da parte de Deus não foi revelada facilmente a Pedro, porque os judeus (e os
crentes primitivos eram todos judeus) consideravam que não havia qualquer
esperança para os gentios sob a lei de Moisés. Foram precisos sinais
miraculosos para convencer a Pedro de que o evangelho não era apenas para os
judeus, mas para os gentios também. Até mesmo muitos crentes hoje em dia não
conseguem acreditar que Deus ame todas as pessoas igualmente e deseje que todos
sejam salvos, apesar da Bíblia ensinar isso claramente: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira... o
qual deseja que todos os homens
sejam salvos... o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo" (João 3.16; 1 Timóteo
2.4; 1 João 4.14, etc.).
Como pode a
imparcialidade de Deus ser reconciliada com a idéia de um povo escolhido? Deus
deixou muito claro em várias ocasiões que não foi "acepção de
pessoas" que O levou a escolher Israel. Ele os escolheu apesar de sua falta de mérito e atração,
não porque Ele achou que fossem mais atraentes que outros povos. Na verdade,
eles eram rebeldes e nada mereciam além de punição. Foi com esse povo indigno
que Ele decidiu demonstrar Seu amor, graça, e misericórdia ao mundo. Ouça
enquanto Ele fala a Israel através de Seus profetas: "Não vos teve o Senhor afeição, nem vos
escolheu, porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos,
mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos
pais (Abraão, Isaque e Jacó),
o Senhor vos tirou (do Egito)" (Deuteronômio 7.7,8)."Porque povo rebelde é este, filhos
mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor. Eles dizem... aos
profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos cousas aprazíveis,
profetizai-nos ilusões" (Isaías 30.9,10). "Filho do homem, eu te envio aos filhos
de Israel, às nações rebeldes que se insurgiram contra mim; eles e seus pais
prevaricaram contra mim, até precisamente ao dia de hoje" (Ezequiel 2.3).
A Graça Insondável
de Deus
A Bíblia
repetidamente diz que os judeus, como toda a humanidade, são rebeldes indignos
de qualquer coisa a não ser de julgamento. Mesmo assim, Deus, por graça,
abençoou a Israel sem que este tivesse qualquer mérito, tudo por causa das
promessas que Deus fez a Abraão, Isaque, e Jacó. Além disso, essa graça é
possibilitada pela morte redentora do Messias. A contradição entre a Bíblia e o
Corão não poderia ser mais clara nesse assunto.
Apesar de Alá ser
chamado de "O Misericordioso Compassivo", ele é, na verdade,
compassivo com apenas uns poucos, implacável com a maioria, e não tem base para
o perdão misericordioso para com o pecador. Em contraste com o evangelho
bíblico da graça de Deus, a salvação do Islamismo vem por meio de obras e é
merecida pelo cumprimento da lei. O Corão não tem o conceito de misericórdia e
graça divina e do preço do pecado do homem ter sido pago por completo pelo
Redentor.
O Corão declara que
muçulmanos recebem a bênção de Deus, não por graça, mas porque eles são dignos:
"Vós sois o melhor dos Povos, evoluídos para a humanidade, impondo o que é
certo, proibindo o que é errado, e crendo em Alá" (Sura 3.110). Esse
versículo continua chamando os judeus de "transgressores
pervertidos". Na Sura 4.52-53, os judeus são chamados de o povo "a quem
Alá amaldiçoou... (que) não tem quem (os) socorra".
É normalmente
discutido hoje, até por evangélicos, que o retorno de milhões de judeus à sua
terra é um mero acontecimento casual da história sem qualquer significância
profética. Argumenta-se que Deus, certamente, não traria os judeus de volta a
Israel, pois eles não são dignos disso. Uma grande porcentagem deles é ateísta
ou agnóstica e quase todos rejeitaram o Messias. Muitos são humanistas,
materialistas, adeptos da Nova Era.
Certamente Israel
nem sempre agiu em perfeita honestidade para com os árabes palestinos ou para
com seus vizinhos. Com tamanha ladainha de pecados em sua conta datando de
tempos antigos, como poderia Israel gozar de bênção especial de Deus?
Graça e Promessa
As imperfeições de
Israel não vêm ao caso. Como os versículos acima e centenas parecidos com eles
na Bíblia atestam, Israel tem sido rebelde desde o princípio. Sua condição
atual não é nada de novo. Deus tem punido Israel por seus pecados. A pior
punição, porém, está por vir durante a Grande Tribulação, que culminará na
batalha de Armagedom. No entanto, as promessas a Abraão, Isaque, e Jacó
permanecem e serão cumpridas pela graça de Deus. Pois se a bênção de Deus vem
apenas para aqueles que são dignos dela, então toda a humanidade está
condenada. Pois, como a Bíblia nos lembra, "todos pecaram" (Romanos 3.23; 5,12).
Não há meio de um
pecador pagar por seus próprios pecados. Até mesmo uma única violação da lei
põe o transgressor em uma condição desesperadora diante de Deus. Continuar
cumprindo a lei perfeitamente no futuro (mesmo se isso fosse possível) jamais
poderia compensar por tê-la violado uma vez sequer no passado. Obviamente, não
existe recompensa extra por observância perfeita de todas as regras, pois isso
é exatamente o que a lei demanda. Então, boas obras jamais poderão obter o
perdão de Deus por pecados passados.
A dívida deve ser
paga por Aquele que é impecável e que é capaz de carregar sobre Si o julgamento
que os culpados merecem. Tal é a solução de Deus para o mal - e pagar a dívida
foi a missão primária do Messias. Foi através de Sua morte por nossos pecados
que Ele julgou e destruiu Satanás. Daí as boas novas do evangelho: "Porque pela graça sois salvos, mediante
a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Efésios 2.8).
Parte da punição de
Deus sobre Israel no passado foi espalhar seu povo pelas nações. Agora Ele os
está trazendo de volta para sua terra em números sem precedentes, não porque
eles o mereçam, mas por causa da promessa de Deus a Abraão, Isaque, e Jacó de
que o faria. Tem sido um fenômeno moderno que excede em muito o êxodo original
de seus ancestrais do Egito para a terra prometida.
Uma Promessa para os
"Últimos Dias"
O recente colapso do
comunismo e a trituração da Cortina de Ferro foram motivo de espanto
extraordinário para o mundo. Um enorme efeito adicional foi a resultante (e
surpreendente) onda de judeus voltando para Israel às centenas de milhares da
União Soviética - uma terra que até recentemente recusava deixá-los sair.
Que visão é assistir
o fluxo diário de imigrantes agradecidos chegando ao aeroporto de Lod, em Tel
Aviv, de todas as partes do mundo, mas especialmente da região norte da Rússia!
É profundamente comovente ver muitos deles beijarem o chão quando saem do
avião, chorando de alegria.
Um observador dessa
cena emocional singular que fosse conhecedor dos profetas hebraicos não poderia
deixar de lembrar da promessa que Deus fez há 2500 anos atrás, e que Ele disse
que cumpriria nos últimos dias: "Porque
assim diz o Senhor: Cantai com alegria a Jacó, exultai por causa da cabeça das
nações; proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o
restante de Israel. Eis que os trarei da terra do Norte, e os congregarei das
extremidades da terra; e entre eles também os cegos e aleijados, as mulheres
grávidas e as de parto; em grande congregação voltarão para aqui. Virão com
choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por
caminho reto em que não tropeçarão; porque sou pai para Israel, e Efraim é o
meu primogênito. Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras
longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o
guardará, como o pastor ao seu rebanho... Hão de vir, e exultar na altura de
Sião, radiantes de alegria por causa dos bens do Senhor" (Jeremias
31.7-12).
Por que essa
promessa seria cumprida neste período de tempo chamado de "os últimos
dias"? A razão é óbvia e de grande importância para nosso assunto. A
Segunda Vinda não poderia acontecer sem que Israel se tornasse uma nação
novamente em sua própria terra - pois será a Israel que Cristo retornará
durante Armagedom, para salvar Israel de seus inimigos que estarão tentando
exterminá-lo.
Quão próximos
estamos desse dia? O cumprimento neste período específico da história de muitas
profecias antigas segundo as quais imigrantes afluiriam para Israel nos últimos
dias é um grande sinal da proximidade do retorno de Cristo.
Yahweh não viola
Suas promessas. Se Ele deixasse de manter Sua Palavra, fosse de trazer bênção
ou julgamento, Seu caráter seria manchado e Seu santo nome desonrado. Como Ele
disse freqüentemente por meio de Seus profetas a respeito de Sua intenção de
trazer Israel de volta à sua terra nos últimos dias: "Não é por amor de vós que eu faço isto,
ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome" (Ezequiel 36.22). "Tu és o
meu servo, és Israel por quem hei de ser glorificado" (Isaías 49.3).
Que grande e
convincente "sinal" é o retorno de Israel à sua terra após 2500 anos!
Hoje, em cumprimento da profecia, os olhos do mundo estão sobre aquele
aparentemente insignificante e pequeno pedaço de terra árida. Ela é, exatamente
como previsto, um "cálice de tontear" para todas as nações - um
estonteamento que diz respeito ao que poderá acontecer ali.
Alguém pode
honestamente comparar essas profecias a respeito de Israel com sua história e
continuar sendo um ateu? Ou alguém poderá negar que Jesus Cristo é o único
Salvador? Seu advento, profetizado pelos mesmos porta-vozes de Deus inspirados
pelo Espírito, está intimamente ligado a Israel e sua história tortuosa de
dispersão e retorno à sua terra. Nós voltaremos a esse assunto mais tarde.
O outro grande tema
da profecia bíblica é o Messias que viria por meio de Israel e para Israel.
Essas profecias numerosas e específicas a respeito da vinda de Cristo, e seus
cumprimentos na vida, morte, e ressurreição de Jesus de Nazaré identificam
conclusivamente a Jesus como o Cristo. Elas também constituem a maior prova
irrefutável da existência do Deus que inspirou os profetas hebreus.