Jezabel
JEZABEL |
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Jezabel ou Izebel,
também conhecida como Jezebel foi uma princesa fenícia e
esposa de Acabe, rei de Israel. Era filha de Etbaal, rei dos sidônios O significado do nome Jesabel ou Jezebel é
“Baal exalta” ou “Baal é marido de” ou “impuro”. |
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História bíblica
Jezabel era filha do rei dos Idôneos Etbaal
(1 Reis 16:31 diz que ela era "Sidoniana", que é um termo bíblico
para os fenícios em geral, tendo o seu
casamento com Acabe sido o resultado de uma aliança que tinha como objetivo
fortalecer as relações entre Israel e a Fenícia. A sua história é conhecida
através do Primeiro Livro de Reis do Antigo Testamento.
Sua vida é mostrada no Livro de Reis, como a
esposa do Rei de Israel, Acabe, que se mostrou promíscuo e fraco, deixando-se
dominar pela mulher de forte personalidade.
Jezabel é descrita como uma sacerdotisa dominadora
e potencialmente religiosa e se denominava porta-voz dos deuses. Isso a
categorizava como profetisa.
Ao casar-se com o Rei de Israel, ela passou a
governar de acordo com a sua cultura e religião. Como mística, ela passou a ser
considerada sacerdotisa e ensinadora. Em nenhum momento se sabe sobre sua
conduta como uma prostituta, isso porque sua imagem mística impedia.
Teve, com o Rei Acabe, três filhos e portava-se
como uma verdadeira mãe e dona de casa.
Sua influência foi abalizada pelo rei Acabe, e
cresceu superando os próprios rabinos e sacerdotes, submetendo-os as suas
ordens. Israel, que já teocrático, passou a adorar Baal e Jezabel cresceu
politicamente e ordenava sobre o clero sacerdotal, obrigando os próprios
sacerdotes israelitas a cultuar a Baal.
Suprimindo os rituais mosaicos, Jezabel passou a
cultuar Baal de forma ostensiva e dominadora, sacrificando crianças em nome da
santidade e inocência. Sua atuação mística superava as expectativas dos Israelitas
que aceitavam tudo de forma normal.
Jezabel continuou a adorar os deuses fenícios, mas
não se limitou a isso, pois queria combater o Deus de Israel e perseguir
todos os seus seguidores. Recorreu ao dinheiro do tesouro público, templo de
Israel, para sustentar os 450 profetas (ou nos tempos de Elijah e sacerdotes)
do deus Baal e os 400 profetas da deusa Aserá, deusa fenícia da fertilidade.
No palácio real seria mesmo construído um templo dedicado a Baal. Aparentemente
o seu próprio marido sentiu-se atraído pelo culto destes deuses, renegando Javé para
segundo plano. Os sacerdotes e profetas israelitas foram eliminados ou então
tiveram que se exilar no deserto devido à perseguição promovida por
Jezabel.
Um profeta até então desconhecido pelo seu nome verdadeiro
surgiu confrontando-se com os ensinamentos de Jezabel. Sua mensagem era o que
passou a ser o seu próprio nome: "Elias", que quer dizer: Javé
é Deus! A mensagem do profeta desconhecido passou a contrastar
religiosamente e provocou terror entre os rabinos e sacerdotes que passaram a
exigir dele uma prova contundente em forma de "sinal" de comprovação
de sua autenticidade. Era necessário que Elias provasse o seu chamado por Deus,
bem como a verdade sobre a sua mensagem.
A resistência local contra esta política religiosa
foi encabeçada pelo profeta Elias. Numa espécie de concurso religioso levado a
cabo no Monte Carmelo. Elias derrotou
todos os profetas de Baal, que morreram, pretendendo desta forma o Livro de
Reis mostrar como o Deus de Israel era a única divindade. Jezabel foi
desmascarada e desacreditada publicamente. Quando Jezabel soube disto ficou
furiosa, pretendendo mandar matar Elias, que teve fugir para Judá.
O sinal marcante nos tempos de Elijah e Jezabel foi
o grande desafio para essa comprovação: A proposta de Elijah foi a construção
de dois altares: O de Baal e o de YHWH, conhecido como o Deus "El" de
Abraão. O fogo incendiou o altar de Elijah e o povo passou a hostilizar todos
os sacerdotes que serviam a Baal e os mataram.
Elias foi perseguido e refugiou-se após o sinal da
chuva que havia predito. Seu ministério termina pela ordem de YHWH que escolhe
Eliseu como seu sucessor.
Morte
Acabe desejava a vinha de Nabot, contígua ao
palácio de Jezrael, mas este recusou-se a vendê-la. Sabendo disto, Jezabel
envolveu-se na questão, enviando cartas em nome de Acabe aos chefes de Jezrael.
O conteúdo das cartas ordenava a detenção de Nabot por blasfêmia contra
Deus e contra o rei e a execução deste por apedrejamento sob denúncia de
duas falsas testemunhas. Segundo a lei da época, a propriedade de
alguém que tivesse cometido estas ações passaria para o rei. Nabot foi
executado e Jezabel presenteou o marido com a vinha. Quando Elias soube desta
ação profetizou que "os cães devorariam Jezabel e seus parentes no
campo de Jezrael, e seus restos mortais seriam espalhados como esterco. Assim
ninguém poderá dizer que esta era Jezabel".
Um comandante chamado Jeú liderou uma revolta
contra a família real, na qual matou o filho de Jezabel, Jorão. Quando
Jezabel soube da revolta pintou os olhos e adornou a cabeça, desafiando Jeú da
janela do palácio. Este ordenou aos eunucos da corte que a atirassem da
janela defenestração. Jezabel morreu, tendo o seu sangue atingido as paredes e
os cavalos. Uns cães que por ali passavam devoraram o corpo de Jezabel,
exatamente como Elias profetizou.
Depois de ter feito uma refeição no palácio, Jeú
ordenou que Jezabel fosse sepultada, dado que se tratava da filha de um rei. De
acordo com o Segundo Livro de Reis, os servos do palácio apenas encontraram o
crânio, a cabeça, os pés e as mãos intactos. O texto sagrado aponta que os
cães não comeram as carnes destes três membros.
Por causa desta mulher o nome "Jezabel"
encontra-se associado na cultura popular a uma mulher sedutora sem
escrúpulos.
Historicidade
Jezebel sendo punida por Jeú.
Segundo Israel Finkelstein, o casamento do rei
Acabe com a filha do governante do império fenício foi um sinal do poder e do
prestígio de Acabe e do reino do norte de Israel. Ele chamou isso de
"brilhante golpe de diplomacia internacional". Ele diz que
as inconsistências e anacronismos nas histórias bíblicas de Jezabel e Acabe
significam que eles devem ser considerados "mais de um romance histórico
do que uma crônica histórica precisa". Entre essas
inconsistências, 1 Reis 20 afirma que "Bene-Hadade, rei da Aram"
invadiu Samaria durante o reinado de Acabe, mas esse evento só ocorreu mais
tarde na história de Israel. Os dois
livros dos Reis fazem parte da história deuteronomista, compilada mais de
duzentos anos após a morte de Jezabel. Finkelstein observa que esses relatos
são "obviamente influenciados pela teologia dos escritores do século VII
a.C". Os
compiladores dos relatos bíblicos de Jezabel e sua família escreviam no sul do
reino de Judá, séculos depois dos acontecimentos e de uma perspectiva de
estrita monolatria. Esses escritores consideravam o politeismo dos membros
da dinastia Omride como pecaminoso. Além disso, eles eram hostis ao reino do
norte e à sua história, já que seu centro de Samaria era um rival de Jerusalém. Segundo
o Dr. J. Bimson, do Trinity College, Bristol 1 e 2 Reis não são "uma
história direta, mas uma história que contém seu próprio comentário
teológico". Ele aponta para versos como 1 Reis 14:19 que mostram que o
autor dos Reis estava recorrendo a outras fontes anteriores.
Em 1964 foi publicado que um selo do século IX a.C
de uma coleção privada poderia ser da Rainha. Contendo uma inscrição
parcialmente danificada de “YZBL”, que
poderia ter lido uma vez, "pertencente a Jezabel" além de inúmeros
ícones relacionados à cultura Egipto-fenícia, a que a rainha fazia parte.
Entre os ícones presentes no selo, há no topo há
uma esfinge alada agachada com um rosto feminino e um corpo de leão e parte da
coroa de Isis. Além disso, como na bula de Ezequias, há o símbolo egípcio ankh,
que representa a vida. Na base, há um disco solar alado, como também se vê na
bula de Ezequias, e abaixo dele, um falcão desenhado no estílo egípcio. Ao lado
do falcão há duas ilustraçóes de Ureus, como uma representação de uma cobra, e
um lótus, que se refere a regeneração.
No entanto, existem alguns problemas com essa
teoria. Enquanto no selo parece que a inscrição começa com a letra yodh, o nome
de Jezabel começa com um aleph, que está faltando no selo; além disso, o lamedh possessivo
que se traduziria no pré-requisito "pertencente a (...)" também está
ausente do selo. Contudo, é inteiramente possível que essas letras simplesmente
possam ter sido localizadas onde o selo está danificado.
Independentemente disso, os estudiosos têm um
consenso se o selo é uma evidência da historicidade do caráter bíblico,
principalmente pela ausência de informações de onde ele foi coletado, porém a
maioria concorda que o tamanho e a complexidade do selo podem significar que
ele foi usado pela realeza.
Irmão messias