"CREDE NOS SEUS PROFETAS, E PROSPERAREIS"
“[...] crede nos
seus profetas, e prosperareis”
(2 Crônicas. 20:20)
Este versículo,
infelizmente, é o versículo chave, o texto áureo, na boca dos propaladores da
Teologia da Prosperidade. Veja, por exemplo, aqui, aqui e aqui.
Inventa-se uma campanha e lá está o versículo como base teológica.
Inventa-se uma campanha e lá está o versículo como base teológica.
O que me preocupa é
que ele é tomado somente para campanhas financeiras, ou seja, faltou dinheiro,
ou o caixa está em baixa, o versículo é o princípio, é a chave do lucro.
Precisa-se dinheiro, lá está o versículo; não está dando para pagar os
compromissos (supostamente da obra do Senhor) inventa-se o tipo de campanha que
quer – pode ser em reais ou dólar, pode-se usar a numerologia – e lá está o
versículo. E assim vai.
Interessante também
é que a oferta é para abençoar quem dá. Veja a generosidade: ela não vai
abençoar o ‘profeta’; mas é o ‘profeta’ que, obedecendo a Deus, está abrindo uma
porta para abençoar eu, você e todos aqueles que caírem na lábia dos falsos
profetas.
É o versículo
preferido para fazer o povo dar ‘generosamente’; lamentavelmente, infelizmente,
vergonhosamente, tem se tornado o versículo da barganha. Nele temos a palavra prosperareis,
e veio na medida, pois tem caido como luva em mão de noiva, para apoiar a
Teologia da Prosperidade, e enriquecer os proponentes dela. E infelizmente o povo
é enganado, ludibriado, negociado, e continua no erro de dar ouvidos a estes
profetas. Pois se os falsos profetas prosperam, é porque o povo ouve e pratica
suas mentiras (Ez. 13:19); dá ouvido às suas falácias; alimenta suas
insaciáveis contas bancárias; não confere as coisas com a Palavra da Verdade;
eles pedem um jatinho para ‘evangelizar’, fazem uma declaração profética e lá
está o povo, dando o suor, indo às lágrimas para alimentar suas luxúrias, e
corroborar a Teologia da Prosperidade (2 Pe. 2:14).
Analisando a passagem que envolve 2 Crônicas 20:20 não encontrei, em nenhum momento, que o povo teve grandes vitórias financeiras; tornou-se rico de um momento para o outro; sendo assim, não encontro qualquer apoio, que o versículo em questão, venha dar para a Teologia da Prosperidade,
Analisando a passagem que envolve 2 Crônicas 20:20 não encontrei, em nenhum momento, que o povo teve grandes vitórias financeiras; tornou-se rico de um momento para o outro; sendo assim, não encontro qualquer apoio, que o versículo em questão, venha dar para a Teologia da Prosperidade,
ou para qualquer
campanha financeira, material, econômica. O versículo em questão tem que ser
lido no seu contexto. Desde o capítulo 19. Pois lendo somente ele, poderemos
fazer o que bem quisermos, mas lendo o contexto imediato, veremos que o que os
profetas falaram, foi a verdadeira orientação do Senhor para uma batalha
específica.
Vejamos:
Jeosafá era rei de
Judá nesta época, e conseguiu deixar Jerusalém em paz (2 Crônicas. 19:1);
Fez com que o povo se voltasse para o Senhor (2 Crônicas 17:9; e 19:4);
Fez com que o povo se voltasse para o Senhor (2 Crônicas 17:9; e 19:4);
Estabeleceu juízes
com as seguintes características espirituais e morais: deviam andar no temor do
Senhor, ser fieis, e ser íntegros de coração (2 Crônicas 19: 9) no entanto, não vemos nenhuma exigência de que
deveriam ter fortunas como prova de que eram verdadeiros profetas de Deus;
Estes juízes deviam julgar com justiça, com equidade
Estes juízes deviam julgar com justiça, com equidade
(2 Crônicas 19: 10);
Deviam esforçar-se, e o Senhor abençoaria os bons
Deviam esforçar-se, e o Senhor abençoaria os bons
(2 Crônicas 19: 11).
Até aqui não vi nenhuma referência à prosperidade financeira.
Até aqui não vi nenhuma referência à prosperidade financeira.
Seguimos em frente.
Num momento, os filhos de Moabe e Amom, resolveram vir à peleja contra Jeosafá. Vieram apressadamente, e em multidão, o que sabendo Jeosafá, temeu (2 crônicas 20: 1 - 2);
Jeosafá, sabiamente, foi humilhar-se aos pés do Senhor, e juntamente com ele, todo o povo (2 Crônicas 20: 1 – 5 , 13).
Num momento, os filhos de Moabe e Amom, resolveram vir à peleja contra Jeosafá. Vieram apressadamente, e em multidão, o que sabendo Jeosafá, temeu (2 crônicas 20: 1 - 2);
Jeosafá, sabiamente, foi humilhar-se aos pés do Senhor, e juntamente com ele, todo o povo (2 Crônicas 20: 1 – 5 , 13).
Humilhando-se
reconheceram: a soberania de Deus (2 Crônicas 20: 6); lembraram da promessa de Deus feita a
Abraão (2 Crônicas 20:7,8); lembraram que a casa do Senhor é um lugar em que se
deve clamar, humilhado aos pés do Senhor (2 Crônicas 20:9); reconheceram,
diante do Senhor, que não tinham força e nem sabedoria para enfrentar o
exército inimigo, mas estavam confiantes no Senhor (2 Crônicas 20:12);
A resposta do Senhor: não temer, pois era ao Senhor que lutaria (2 Crônicas 20:15,17);
Diante da resposta eles adoraram, rejubilaram diante do Senhor (2 Crônicas 20:18,19);
Quando saíram à peleja, foram orientados por Jeosafá, a ouvirem as orientações dos profetas com relação à peleja. Jeosafá diz: “Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros” e depois ele diz “crede nos seus profetas, e prosperareis” (2 Crônicas 20:20). A confiança deveria estar primeiramente em Deus; e deveriam crer nos profetas, porque eles falariam ao povo a devida orientação do Senhor, para a referida peleja.
A resposta do Senhor: não temer, pois era ao Senhor que lutaria (2 Crônicas 20:15,17);
Diante da resposta eles adoraram, rejubilaram diante do Senhor (2 Crônicas 20:18,19);
Quando saíram à peleja, foram orientados por Jeosafá, a ouvirem as orientações dos profetas com relação à peleja. Jeosafá diz: “Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros” e depois ele diz “crede nos seus profetas, e prosperareis” (2 Crônicas 20:20). A confiança deveria estar primeiramente em Deus; e deveriam crer nos profetas, porque eles falariam ao povo a devida orientação do Senhor, para a referida peleja.
4
Mas o quê que os profetas
falaram que eles deveriam crer?
Os profetas falaram
para eles louvarem ao Senhor diante do esplendor de Sua santidade, dizendo: “Rendei
graças ao Senhor, pois o seu amor dura para sempre” (2 Crônicas 20:21).
Diante disto, o
Senhor respondeu com vitória, colocando embaraços diante do exército inimigo (2
Crônicas 20:22-24); a vitória foi tão grande e estrondosa que o lugar ficou
conhecido como Vale de Beraca, ou seja, o Vale da Bênção.
É bem diferente do
que estamos ouvindo dos profetas da prosperidade dos dias de hoje. Pois se
evidencia o ‘eu’, e não o Senhor; a bênção está antes do
Senhor. A ênfase financeira está tão impregnada em púlpitos que ouvi um pastor
dizer: “a única coisa que repreende o devorador, para crente e não crente, é o
dízimo”. Recentemente ouvi um destes profetas da prosperidade. Dizia
ele:
“será que Deus já fez promessa à você, e esta promessa não foi ainda cumprida?
Se você responde com
honestidade: Sim! Deus tem feito promessas para mim, mas elas nunca foram
cumpridas. Ouça a voz de Deus agora:
Se você for ao
telefone, e fizer este compromisso, para semear, e você disser: Deus, eu quero
dar um passo na minha unção financeira dos últimos dias. Eu te prometo, antes de chegar o dia primeiro
de janeiro, este é o momento de Ele cumprir toda a profecia, toda a promessa,
que Ele já fez sobre a tua vida”. Será que precisamos de uma nova unção (já
que eu não achei unção financeira em toda a minha Bíblia) para Deus cumprir as
suas promessas sobre a minha ou a tua vida? Deus precisa de uma ajudinha?
Deus precisa de novas teologias, de um novo profeta, de novas unções?
Categoricamente digo NÃO. Deus é soberano e faz as coisas como Ele
quer.
Estes profetas se contradizem; em algumas pregações tenho visto muitos tele evangelistas e tele pregadores, pregarem, biblicamente, contra a Teologia da Prosperidade, porém hoje, vejo que muitos deles já trocaram de lado, ou seja, estão apoiando o que antes, biblicamente, condenavam. A medida que vejo estes acontecimentos, olho para o que Jesus falou: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vem até vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores... ,pelos seus frutos os conhecereis”
Estes profetas se contradizem; em algumas pregações tenho visto muitos tele evangelistas e tele pregadores, pregarem, biblicamente, contra a Teologia da Prosperidade, porém hoje, vejo que muitos deles já trocaram de lado, ou seja, estão apoiando o que antes, biblicamente, condenavam. A medida que vejo estes acontecimentos, olho para o que Jesus falou: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vem até vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores... ,pelos seus frutos os conhecereis”
(Mateus. 7:15,16).
Às vezes o fruto
leva tempo para aparecer, mas a verdade é, que um dia ele aparece.
Jeosafá e todo Judá prosperaram, mas confiados, primeiramente no Senhor (2 Crônicas 17: 1, 19).
Jeosafá e todo Judá prosperaram, mas confiados, primeiramente no Senhor (2 Crônicas 17: 1, 19).
Os profetas não
inventaram campanha, não mudaram os planos do Senhor, não inovaram, mas
unicamente, obedeceram ao Senhor, e orientaram o povo à obediência ao Senhor.
Daí a vitória foi certa e esmagadora.
Após a vitória, os louvores continuaram, pois a alegria, no Senhor, era muitíssima (2 Crônicas 20: 25, 30).
Tomamos cuidado com estes que usam um versículo aqui, outro ali, para apoiar suas campanhas, seus projetos de enriquecimento. São pastores que tiram, sem misericórdia, a lã das ovelhas; apascentam-se a si mesmos, e não apascentam as ovelhas (Ezequiel 34: 3).
Após a vitória, os louvores continuaram, pois a alegria, no Senhor, era muitíssima (2 Crônicas 20: 25, 30).
Tomamos cuidado com estes que usam um versículo aqui, outro ali, para apoiar suas campanhas, seus projetos de enriquecimento. São pastores que tiram, sem misericórdia, a lã das ovelhas; apascentam-se a si mesmos, e não apascentam as ovelhas (Ezequiel 34: 3).
O indouto Pedro, porém
servo e Apóstolo de Jesus Cristo nos advertiu: “Mas houve também falsos profetas, como entre vós haverá falsos
mestres [...] por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas” (2
Pedro 2: 1, 3).
A palavra ganância quer dizer apetite insaciável, e a palavra negócio tem o sentido de viajar como mercador, viajar a negócios,
merciar, explorar, lucrar.
Irmão messias
Fonte: R. V.