O DESCRÉDITO E A IMPARCIALIDADE DOS MENTIROSOS
A mentira na verdade é o pior adultério contra o seu próprio criador, ela começa por desabonar a boa fé do mentiroso, diante das pessoas que o acercam; e depois espalha-se a fama de sua má conduta, mesmo porque só se deseja ser desacreditado, quando se tenta defender de um crime, confessando-se explícitamente a verdade; e é óbvio que os seus interrogadores difìcilmente vão acreditar nessa confissão... E isso é na realidade extremamente proveitoso para a liberdade física, mas para o espírito, é como se redobrasse a pena do crime; porque a consciência nunca exclue uma dívida sem que ela seja paga, desde que o réu não seja também portador de um espírito criminoso.
Como por exemplo: No caso de José e Maria que, ao se encontrarem com os soldados de Herodes, temendo ou simplesmente obedecendo Antipas, disseram-lhes a verdade: Que, alí estavam levando uma criança, e os soldados lhes desacreditaram! Pois a ordem de Antipas era não deixar viva nenhuma criança abaixo de sete anos. Então numa situação como essa, nenhum peso de consciência pode, ou deve existir! Mais também é só em ocorrências dessa natureza que, a verdade e a mentira se confundem; portanto, ninguém queira ficar dizendo a verdade, através da mentira ou vice-versa; porquer um que ousar esse truque - pode se dar mal.
Isso porque ele não deve ser usado nem mesmo para amenizar uma rixa, quanto mais servir de mediador, entre os episódios sérios; porque mais tarde essa mesma rixa e esses mesmos episódios, vão renascerem com muito mais violência, que o retorno de uma guerra interrompida na trégua, mas, que, considerou-se imparcial.
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