domingo, 26 de julho de 2015

    ROTINA
                                                    Manoel Messias Santos           

                            OS ATENDIMENTOS

            Os atendimentos. Pais e filhos têm o mesmo dever ou obrigação de atenderem um ao outro quando chamados, dependendo do tempo, da causa e da condição de quem chama, ou está sendo chamado; se por exemplo, quem chamar estiver correndo perigo, tem por obrigação expressar apenas uma palavra: SOCORRO! Porque assim já se sabe que, quem chama não pode esperar por algum motivo; mas, se por desventura o que estiver sendo chamado não puder atendê-lo por um outro motivo superior, e acontecer a quase fatalidade com quem o chama, deve-se nesse caso usar a compreensão mútua; nunca se culpando nem um, nem o outro... Ambos têm que confiarem nas suas próprias lealdades.

Em casos comuns, os filhos têm por obrigação atenderem os pais imediatamente, exceto se tiverem iniciado alguma coisa que por força maior não possam deixar para depois. Quando um pai chama um filho, moralmente deve chgamá-lo, usando naturalmente o seu nome; nunca se deve recorrer aos apelidos, aos aumentativos, nem tampouco aos diminutivos, e isto deve ser posto em prática, desde quando a criança começa entender que tem um nome, especialmente um nome definido; usar um palavrão perante um filho ou qualquer uma outra criança, é tão criminoso tanto quanto virar um copo de cachaça na boca, ou acender um cigarro e ficar polmando à frente dela... é como se isto estivesse sendo feito, displicentemente à beira de um tanque de gasolina.

             Os pais não devem morrer de fome ou de sede, só por quererem salvar as vidas dos seus filhos; isso dito assim, se não concluirmos o final do assunto, até se pode achar que seja um desumanismo; mas, o certo é que ninguém deve morrer por ninguém (pois esse ato, foi só e exclusivamente para Jesus Cristo); então quando se trata de pais e filhos, parentes, amigos e até mesmo inimigos; deve-se dividir até o último grão de cereal e a última gôta de água - para todos em igaldade, e vice-versa. Isto, porque todas as vidas humanas têm um mesmo valor.

             Quando se é responsável, não se pode, nem se deve guardar sentimentos de culpa, por alguma coisa que não deu certo. Todos os seres humanos têm por necessidade, aprenderem como se adquirir o poder da resignação; exatamente para obterem um êxito melhor, depois de possíveis circunstâncias indesejáveis; pois a consciência de quem cumpre com a responsabilidade, é como a "gema de um diamante", viva sempre limpo e relativamente inatingível.     

Quanto aos valores materiais, os filhos abaixo de dezoito anos, não devem egoisticamente esconderem dos pais, mesmo porque até o final dessa idade, serão sempre eles os seus administradores; mas, ao passarem dos dezoito, devem aprender e levarem a sério - um pouco mais das coisas da vida, e anexarem a essas que estão explicitamente aqui, e os pais não deverão exigir mais nada do que os filhos ganharem; nem os filhos devem querer viver às custas dos pais!

... a não ser que as peripécias do destino, também lhe tenham preparado alguma peça como desdita; mas mesmo assim, se esse filho, por desventura for um imobilizado! Sentimentalmente ele não deve ser tratado pelos pais, ou por quem o acercarem, com diferenciação dos outros; porque os paraplégicos, psiquicamente são como qualquer uma outra pessoa, e verá que ele vai se sentir feliz. 

           Tudo sobre a terra, continua, sendo sempre uma rotina; a existência - periodicamente, permanece entre a vida e a morte! É como se nada pudesse escapar da metamorfose que, também não deixa de ser uma rotina; as águas dos rios e dos mares, misturam-se constantemente, mas depois se separam; os vegetais nascem das sementes sobre a terra, crescem e floram, frutificam-se por várias vezes e depois morrem, talvez para nascerem outras árvores nos seus mesmos espaços, ou quem sabe Deus! Noutros lugares, mesmo sendo já tudo isso transformado novamente em terra.

Tudo, portanto, é uma rotina. Inclusive os fenômenos naturais dos astros... E o Criador de tudo, não discriminou nada, nem especificou ninguém para isentar-se dela; e triste daquele que pensar em se dar bem, sem a sua rotina original, a única vontade excêntrica, sem direito à fuga.  
                                     
             ROTINA
                                 Manoel Messias Santos                          
   
               CERTAS LEIS IRRESPONSÁVEIS

             Certas leis irresponsáveis, não se devia dar ouvidos! Infelizmente, às vezes temos que obedecer o certo e o errado; não por se escolher esta opção; mas, porque o próprio judicio, nos opõe.   Mas, procurem educar o pai com a disciplina exemplar que, o filho dificilmente rejeitará os seus modos, e mesmo que mais tarde, Proteste contra alguma norma, ensine-o a refletir o bem, e obviamente - o mal também, para que ele mesmo saiba escolher o seu caminho.

Nunca queira modelar o espírito do ser humano, mesmo que ele seja o seu filho, mesmo porque ele tem de voce - apenas a carne, o sangue e os ossos; portanto, ensine-o a ver os dois lados da moeda, para que aprenda a ganhar, e também a perder se for o caso... Não corra para o entregar o prato feito,  pois se tiver que dar-lhe o prato feito, faça-o chegar-lhe à mão, bem lentamente... Porque só assim ele aprenderá como se adquire a mais santa de todas as virtudes, a paciência. Isso é apenas no caso de ter que dar,  mais o correto mesmo, é instruí-lo a ter pelo esforço do seu próprio punho.

             O desespero da fome e as injustiças sociais, fizeram muitos homens de bem, perderem as suas autoridades paternais, e as mães pela mesma forma; pois a fome e a injustiça trazem o sofrimento e o ódio; e bem poucos são aqueles que sabem separá-los e superá-los, quando precisam falar de amor, ou pregarem a paz. Apesar de tudo, não é só barriga cheia, sombra e água-fresca que faz o homem ser bom, é preciso também ter uma boa conduta, ou pelo menos seja temente à Deus: Porque se o for vazio dessas duas coisas, tudo pode ser o contrário, e em vez de ensinar o filho a se esquivar dos crimes, o induz ao submundo dos mesmos.

Quando um filho observa uma simples revolta do pai, contra alguns dos seus atos, ele ainda releva; mas, quando a revolta é geral sobre os seus predicados, ele se rebela e se amplia... E é aí que entram as leis, exatamente, eliminando a possibilidade, de um possível diálogo entre os dois; pois mesmo que o pai seja do tipo conservador,  e queira de qualquer modo que o filho o ouça e o obedeça, sobre o que ele pensar e disser, cabe ao filho ouvi-lo e obedece-lo, até que a sua maioridade chegue; porque certamente esse tipo de pai, se julga correto, e se na verdade nada desabona a sua conduta moral, cujo pai está certo. E para ele é uma questão de orgulho exigir isso, de qualquer um que estiver sobre as suas ordens, ou simplesmente mais perto de sí.

            Sabe-se que toda a juventude do mundo, libertou-se em 1960, principalmente a brasileira, a mais nova entre as demais nações; época, em que bem poucos jovens, ficaram sob as dependências psicofísicas dos pais, das mães, (padrastos ou madrastas), tutores ou quaisquer outros tipos de responsáveis; o mundo emancipou-se através da Organização das Nações Unidas, prevalecendo-se nos seus manifestos dos crimes de guerra, alegando sobre pais desnorteados psicologicamente, e outros pelas irresponsabilidades morais, maleficamente praticadas sobre a humanidade.

             Na verdade os crimes de violências já existiam, mas, naquele interim, dentro dos contextos de normas, constituídas pelo conselho da onu, e homologadas pelo seu diretor-presidente, quase em unanimidade, elas foram apoiadas pela juventude e obviamente, todas as autoridades do mundo, tiveram que cumpri-las e fazê-los cumprirem; e como todas as legislações, entre elas, estavam diversas leis impensadas sobre a conduta humana, em inúmeras jurisdições do mundo, sem a menor cláusula de revogação, nos casos da disciplina paternal, e o abuso de poder do adolescente; mesmo que o responsável pela família, fosse altamente idôneo no seu equilíbrio moral, imediatamente passaria a ser  punido se o impusesse as suas ordens à sua própria família. Logo as leis do estado, através das suas autoridades não o dispensaria do castigo, penalização e, ou das advertências, e com as liberdades juvenis, foram se ampliando em larga escala, até atingirem as libertinagens que, mesmo já existindo, ainda eram, um  pouco mais refreadas, e não como essa desordem que até então, se deve a diversas leis e autoridades; exatamente as mesmas que ora tentam reprimi-las, mas, infelizmente é tarde.

Por tanto, meu jovem amigo, se aquele teu pai que o chamas de quadrado, te pedir que manére
um pouco mais o seu comportamento, ou o imponhas que não faças qualquer leviandade, não esquenta, pensa um pouco, esfria e ouça-o, pois com certeza, ele só quer o teu bem; e não tenhas dúvida, é bem melhor que a punição daqueles que, te fizeram ver a liberdade de um modo errado, vendando os teus olhos para que não o enxergasses o ensino, de como verdadeiramente usá-la. 

Mas, ainda é tempo de ser bom, ou pelo menos de melhorar um pouco, basta relaxar e dizer: Pra longe de mim, as desobediências, contra aqueles que só me querem fazer o bem.
Tente dizer essas palavras, tiradas do fundo do coração, e faças do seu significado a tua nova lei, uma única coisa, te garanto; se assim fizeres, um dia agradecerás a Deus, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, e de  todos os pais que, perderam o poder moral sobre os seus filhos, que também por não lhes ouvirem, estão nos jazigos ou presídios. Esqueças a ilusão social e sejas tu mesmo.         
                              
                         ROTINA
                                                             Manoel Messias Santos
                           
                            Desejo Sem Reflexão

                Os rastros dessa transgressão moral, são as cicatrizes ocultas do próprio estado d'alma do ser humano atingido, porque as enfermidades que o adultério pode trazer à sociedade, são tantas, que em resumo: a única finalidade desse crime, é a morte; Pois o desejo sem reflexões, é o mesmo que uma hiperdosagem cicutinotica, e essa fatalidade poderá ser de um ou de outro, ou senão dos dois; infelizmente dos dois! É triste - mais é assim, e isso é quando não acarreta mais alguém que, muito pouco tenha haver com o despudor desses adultérios.
                 Homens e mulheres estão sujeitos a impulsos de incitações sexuais inesperadas; mas, isso não quer dizer que sejam obrigados a reatarem uma correspondência amorosa, comparando-se pela igualdade do sentimento, só pelas palavras e pelo desejo do prazer físico, sem respeitarem a omissão que se contorse amargamente nas suas mentes; diante de tudo que lhes possam parecer curriculos de rotina; mas, não são, pois na verdade, é o seu mundo interior, clamando por uma reflexão sincera.  Se bem que quando falo de adultério,
não estou tão somente me referindo a sexo, mas a todas as formas de ínfimas corrupções

                 No entanto, quando cuja causa é julgada a revelia, por motivo de qualquer um dos dois, é na verdade um veredito desastroso a ser cumprido por algum deles, ou sem dúvida nenhuma por alguém do seu pertence convivencial, ou conivencial. Em casos de adultério, todas as formas de traições deviam ser litigiosas, tanto para o assediado, como para o sedutor; (corrompido e corruptor). Um por induzir o outro, e o outro por aceitar a indução; porque mesmo sabendo que existem outros, indiretamente ligados ao ato libidinoso deles dois, ou negócio ilícito ou escuso, nada fazem para os defenderem das dores e, ou das mágoas.

Enfim, esse é um dos demais vexames que exacerbam a vergonha desmoralizada dentro da conduta humana; quando isso intercala-se em família, nem sempre se fala em juiz ou qualquer outro fórum... por que? Porque tudo pode se resolver num perdão, mas quando os sangues não se revezam, nem o perdão é capaz de sobreviver.

                 Infelizmente a injustiça e o ódio, são deveras assim... mas o perdão, não! Esse tipo de juiz não admite pena, mesmo para os omissos na veracidade das causas; contanto que não ultrapassem a terceira ordem, porque afora esse limite não há mais anistia; e sim, um veredito perpétuo, pela inflexibilidade de um júri, irrevogavelmente homologado por um juiz, em deferimento, como reclusão indefinida.  ***  A delinquência do crime de adultério, é mais frequente no meio feminino, não porque ele seja mais volúvel do que o masculino; mais porque as mulheres sonham mais que os homens, e as suas fantasias, são totalmente indefesas.
                 A mulher desde ainda muito criancinha, habitua-se muito à maternidade através da mãe, e dificilmente memoriza os momentos desagradáveis dos pais, quando eles sabem se perdoar; logo aí ela prefere herdar um pouco do sistema subalterno da mãe,  ... uma espécie de jogo emocional!
                
                 Mas nem sempre se realiza mais assim, porque as mulheres começaram a se interessar um pouco mais pela psicologia humana, e daí acharam que, quem trabalha fora, para manter ou contribuir na despesa de casa, tinha uma certa regalia como alternativa de autoridade paternal; e então deram partida para a concorrência profissional...  Muitas ganharam, muitas perderam; muitas foram! Mas, algumas ficaram, e são nessas que as filhas por mais rebeldes que sejam, se refletem; elas passam tempo a fio, observando o cuidado maternal referente a sí mesmas; daí as intuições de mãe se apoderam literalmente das suas mentes, e dos seus hormônios de feminilidade, ao ponto de biologicamente se contagiar por completo com essa substância química, auto suficiente, criada pelo seu próprio organismo... e com o decorrer dos tempos, conforme o seu estado psicofísico, vão também se desenvolvendo os seus sonhos de ser mãe, assim como quaisquer outras mulheres que as admirem e as respeitem nesse mesmo sentido.
               
                Na verdade, a procriação é um encanto para quem ama a vida, mas, é uma ilusão triste para todos aqueles que apenas fingem; e quando se deparam com as primeiras dificuldades, abandonam as suas responsabilidades de pai, ou de mãe. 
Então, juntamente com esses sonhos, nascem também as fantasias do amor;  e muitas vezes vem também a vingança, o ódio, ou simplesmente as artimanhas do interesse próprio, ...  coisa muito pessoal que, só mesmo os delinquentes dessa contravenção moral, podem dar uma definição correta desse tipo de carácter.                   
                ROTINA
                                                                            Manoel Messias Santos              
           
          O ADULTÉRIO RELIGIOSO SOBRE A FÉ


                  O adultério religioso sobre a fé de qualquer um inocente, não devia ficar só e unicamente a critério das normas da igreja, mas, também está embuido como crime de desabono moral, entre as demais leis comuns do código penal brasileiro, sujeitas a reclusões, julgamentos e pena como qualquer outra... E tudo isso é na verdade uma pena, porque ainda existem tantas e tantas igrejas, burlando o amor e a fé de enormes levas de adeptos, através do evangelho; usando a palavra de Deus nas Escrituras da bíblia,  para ludibriarem socialmente os humanos , principalmente a sociedade cristã!

Na verdade, o maior interesse da maioria delas, no entender procedencioso dos seus ministros, não é adquirirem a paz, ou pelo menos o bem está, para os fiéis sofridos que as procuraram nos seus momentos de desespero, e sim para obterem dinheiro, joias, móveis, imóveis, títulos-de-valores, e muitas outras coisas aquem da boa fé de quem crer; menos a tranquilidade espiritual desse povo, através de um bom ensino evolutivo, moralmente adequado.

                Um adultério religioso sobre a fé de um fiel inocente, não deveria nem ser um crime afiançável, enquanto que na verdade nem é considerado um crime. Só que em tempo e lugar nenhum, isso pode ou deve deixar de ser um crime; se é que ainda pode-se esperar por alguma justiça para esse tipo de gente que, infelizmente ainda continua sofrida.

O mundo está perdido no sentido humano, ou seja: o sentido humano está perdido no mundo; principalmente, quando alguém impressiona a massa, porque autoridade nenhuma é capaz de reter a decisão do povo, quando aprovada por sí mesmo, mediante uma escolha seletiva.

- Assim como também a sua santidade "o papa", acha-se muitas vezes obrigado a aprovar mudanças de certas formas inesperadas dentro do clero; Sabe-se muito bem que tudo isso, não é porque ele seja  o autor-intelectual dessas mudanças, e sim a maioria celibataria do clero que, coagida pela pressão dos fiéis  de cada paróquia. Nenhum líder tem como se esquivar de reivindicações, porque são elas, as verdadeiras formas para forçá-los a qualquer reforma, ou aquisição.

                 Pois a diocese e arquidiocese visam mudanças, mas, nem todas pretendem aprová-las para o seu modo de ser e de agir; mas, os seus fiéis militantes, quase sempre idealizam, promovem, e aprovam  dinâmicas que nem às vezes são procedentes de pessoas de uma mesma ordem!
Mas, como os fiéis da sociedade cristã se acham com esse direito, começam a exigirem dos párocos, que assim seja feito e os efeitos dessas reivindicações vão direto ao Conselho dos Bispos, e de lá se aprovados tomam reforço de reaprovações internacionais, e por fim quando esses trâmites são feitos desde a fonte até o Vaticano, (Centro do império da Idolatria irreversível), não há mais como sua santidade recusá-las, ou simplesmente desaprová-las. E por esse mesmo âmbito, acontecem as mudanças de um país, conforme a maioria do meio de uma sociedade civil, pressionando quem se diz representá-la; sim, porque as Forças Armadas, aonde existe uma democracia, elas têm que apoiarem as opções do povo, desde que elas não sejam subversivas e sim, proveitosas para o país e transparentemente úteis para a nação.

Tá certo que quando se trata de melhoria entre o povo e o governo, claro que a balbúrdia não é desse mundo!  ... todos sabem o por quê dessas discordâncias, e por isso mesmo o povo deveria e, ou deve se educar para exterminá-las; lutando pela derrubada de cada plenário pelo país afora, e removendo pela raiz, direitos-caducos-de-constituições-mortas; cadeiras, cargos, e remunerações escandalosas em cada câmara municipal; inclusive a ociosidade de executivos e judiciários, como também fiscalizar, através de auditoria o monopólio dessas estatais que tem as suas autarquias, retidas em punhos hereditários. Aí então os desperdícios e as concentrações de recursos que, podem ser contornados à economia do país, e revertidos em benefício do seu próprio povo.
                                  

                      A ROTINA
Manoel Messias Santos



AS DUAS FACES DO BRASIL


As duas faces do Brasil, desde 1587 -  quando o pesquisador Gabriel Soares publicou o tratado descritivo do Brasil em Lisboa; catalogou-se um grande acervo de documentos importantes, dentre eles, um pouco mais de (200) duzentos anos depois, se encontrava uma publicação de José Bonifácio, intitulada "Memórias Sobre Os Diamantes Do Brasil", publicada na França; e daí para cá o brasileiro que, obviamente ainda é o índio, não teve mais um minuto sequer da sua ex, e tão merecida privacidade.

Fernão Dias, Borba Gato e até o Marechal Rondon, afora centenas de outros expedicionários, em suas diversas explorações; e enquanto isso, despiram o Brasil para o mundo inteiro... E lá se vem as emigrações italianas para a labuta do café, e assim começou: De todos os lados da terra chegava gente, e como se não bastasse! De quinze em quinze dias, atracavam navios repletos de escravos; trazidos de todos os lados, especialmente da África.

... E daí veio a nossa miscigenação, cujo produto dessa imensa mistura o chamaram de brasileiro; portanto, plastas e células que constituem o sangue das nossas veias, é o resultante de muitas raças... Inclusive de várias realezas, indígenas e africanos escravizadas. Um verdadeiro coquetel de instintos e convicções humanas.

Daí, dar para se entender um pouco - a atitude do (27º) vigésimo sétimo rei de Portugal, quando no Brasil, precisamente em São Paulo e à beira do Ipiranga, gritou: Independência ou morte! Reacendendo-se o mesmo tipo de defesa, (30) trinta anos depois pelo seu próprio filho, investindo contra Rosas e Oribe; pois não era esse o regime que, desde o começo o Brasil desejava.

E aproximadamente (35) trinta e cinco anos mais tarde, sua filha Izabel aboliu definitivamente a escravatura, e no ano seguinte o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca proclamou a república, e através do congresso foi eleito presidente; embora, já sendo o governo provisório; e aí começou a dupla visão política, através de Peixoto, (o marechal maçom), até 1930.

Daí em diante a peteca caiu nas mãos do gaúcho Getúlio Dornelles Vargas, em seu governo provisório nomeou interventores, dissolveu o congresso, criou ministérios e dotou o país de uma legislação trabalhista; essa atitude de Dornelles desagradou muita gente, inclusive o general Góis.

Entre 1933 e 1934, foi elaborada a Carta Política pela Assembleia Constituinte, e o país voltou ao regime constitucional; mas o velho advogado teve que enfrentar dois perigosos levantes, dentro de (2)dois anos...

Primeiro, o dos comunistas em 1935, e segundo o integralista de Plínio Salgado em 1937; então, Dornelles no seu golpe de estado, instituiu no país um estado novo, e a sua nova constituição foi elaborada pelo jurista Francisco Campos, e permaneceu na presidência até 1945; pressionado pelo povo, remodelou a legislação, declarou guerra, criou institutos e ainda convocou eleições.

Mas foi deposto antes pelas Forças Armadas; mais mesmo assim, jamais permitiu que facções antidemocráticas, prevalecessem no Brasil.

Cinco anos depois, foi eleito à Presidência da República por (14) quatorze estados; este seu governo criou a Petrobrás, a Eletrobrás e em agosto de 1954 suicidou-se, como prova de renúncia  perpétua e eterna.

Em seu testamento existia um bilhete que dizia:
"Deixo à sanha de meus inimigos o legado de minha morte".  E entre todas as palavras de vítimas da violência brasileira, há sempre a voz da injustiça e o tom do amor fraterno, pelo patriotismo que se tem. Mas isso não é tudo para se esquecer uma década.

Em 1964, os generais voltaram; primeiro o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, e em seguida,  foram mais (26) vinte e seis anos de repressão; aí sim! Não foi um regime totalitário, mais foi uma ditadura acima de tudo militar, aonde asfixiam-se as disciplinas civis, e não há sangue miscigenado que resista isso por muito tempo, mesmo porque o autoritarismo nos fez arrepiar os pelos, enrijecer os músculos e tremer a mente; não sei se exatamente para tudo isso possa existir uma razão formal; Um motivo e uma exatidão correta... A única coisa que se sabe,  e que talvez até possa se encaixar nisso, é que quando uma família, ou um grupo, uma comunidade ou um distrito, um município ou um estado, ou até mesmo um país não cumprem as ordens superiores, a tendência das pessoas nos redutos dessas jurisdições, é revolucionarem entre sí, centenas e centenas de ideologias próprias; num verdadeiro jogo de arena, aonde cada grupo tem a sua torre de babel, para transmitir a sua própria desordem!

Isso quer dizer que, ninguém quer respeitar ninguém através das leis; ou nem mesmo pela própria razão de ser. O que na verdade não é bom.


Agora, o verdadeiro mal desse regime, é a concentração de poder que, quando muito se subdivide, mas sempre fica sob a custódia autoritária de oficiais; totalmente ineficiente no que diz respeito ao tratamento em massa; pois nem só austeridade pode ser gritada nos ouvidos do povo, principalmente quando ele sente que o seu governo começa usar o abuso do poder. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário