quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Quantas vezes o anjo levou comida para o profeta Elias?

Elias, toda manhã e toda noite, era servido pelos corvos, que, pontualmente, cumpriam a ordem do Senhor.
Deus, assim, mostrava, duas vezes ao dia, ao profeta que estava no controle de todas as coisas, que toda a natureza estava sob as Suas ordens.
Era uma experiência singular para Elias, que tinha de enfrentar o culto a Baal, apresentado como “deus da natureza”.
Elias não só deveria saber intelectualmente que Deus era o único Senhor, mas também precisaria vivenciar, experimentar esta realidade. Muitas coisas por que passamos, ao longo da vida, tem este objetivo da parte de Deus: fazer-nos vivenciar, experimentar quem é Deus e qual é o Seu poder.
Nunca nos esqueçamos de que, quando a Bíblia fala em “conhecer a Deus”, não está se referindo ao significado grego,

adotado por nós na atualidade, de “domínio intelectual”, mas, sim, o de “ter intimidade”, “ter experiência”.
                                 
E, como diz Pauloa experiência com Deus é o resultado da paciência, que, por sua vez, é conseqüência da tribulação (Rm.5:3,4)

Dia após dia, Elias era alimentado pelos corvos, mas a seca que anunciara já era uma realidade. Por isso, dia após dia, as águas do ribeiro de Querite iam minguando, até o momento em que o ribeiro secou.
Deus continuava a agir na vida de Elias, demonstrando que tinha o controle da situação, mas que estava a guardar o profeta e só a ele. Os corvos vinham lhe trazer comida, mas o ribeiro se secava, em cumprimento à palavra do profeta, que tudo dissera em nome do Senhor. Deus tem compromisso com a Sua Palavra (Jr.1:12) e não a invalidará, ainda que isto representasse a proteção e o sustento dos Seus servos fiéis.
Deus não precisa invalidar a Sua Palavra para guardar os Seus!
Quando o ribeiro secou, Deus, então, mandou que o profeta fosse para Zarefate, cidade pertencente a Sidom,

 pois o Senhor havia ordenado a uma viúva que sustentasse o profeta (I Rs.17:9).
Vemos, aqui, que Deus, depois de mostrar que tinha controle sobre a natureza, estava agora a mostrar ao profeta que também era o controlador da humanidade e das estruturas sociais.
- Em primeiro lugar, Deus manda que Elias deixe a região de sua morada, a região de Gileade, região que lhe era conhecida, para que fosse a uma terra estrangeira, um lugar desconhecido, de outros costumes, onde o profeta não poderia se valer de seus conhecimentos de vida.
Tratava-se de mais um passo de fé que se exigia do profeta, prova de que Elias havia galgado mais um patamar da vida espiritual.
Como diz o apóstolo Tiago, quanto mais nos chegamos a Deus, mais Ele Se chega até nós (Tg.4:8). Entretanto, esta aproximação com Deus, que é sempre boa (Sl.73:28), exige de cada um de nós um desprendimento cada vez maior.
Quando nos propomos a prosseguir no conhecimento de Deus (e conhecimento, lembremos, na Bíblia é ter intimidade, ter experiência), mais nos envolveremos com o Senhor e isto fará com que necessitemos confiar mais em Deus. 

O profeta Oséias ressalta esta realidade ao dizer que, quando iniciamos nosso conhecimento com Deus, Ele nos aparece “como a alva”, ou seja, como a luz da aurora, que traz seu brilho mas é, de certa forma, distante, mas, na continuidade deste conhecimento, o Senhor “…virá a nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os.6:3 “in fine”), ou seja, já não estará mais distante, estará em nós, envolver-nos-á, como a chuva da época da colheita, a chuva abundante, que tudo molhava, que embebia e encharcava a terra. 



Irmão messias











                                        

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