segunda-feira, 7 de setembro de 2015


 ANJOS - ORIGEM, NATUREZA, MINISTÉRIO E HIERARQUIA
                                                  Manoel Messias Santos


A palavra anjo, que extraída do hebraico "mal'ak" do Antigo Testamento ou do grego "angelos" do Novo Testamento, significa "mensageiro". Os anjos são mensageiros de Deus, enquanto os anjos decaídos são mensageiros de Satanás.

A ORIGEM DOS ANJOS:
Diferentemente de Deus, os anjos não existem desde a eternidade, como explicitamente declaram as Escrituras:

“Só tu és SENHOR; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora” (Neemias 9.6).
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Colossenses 1.16-17).

Os anjos estão de fato entre as coisas “invisíveis” que Deus criou para servi-lo.

A Bíblia não nos informa o exato momento da criação dos anjos. No entanto, de acordo com Jó 38.4-7, podemos entender que isso se deu antes da criação do universo.

QUANTOS ANJOS EXISTEM?
No livro do Apocalipse de João, existem apenas três capítulos (4, 6, 13) em que os anjos não são citados, nos demais capítulos eles aparecem 67 vezes. Na região celestial, o número de anjos é incontável. As Escrituras Sagradas na Bíblia, afirmam categoricamente que,
existem milhões e milhares de seres celestiais (Apocalipse 5;11).

A NATUREZA DOS ANJOS:
Mais uma vez as Escrituras nos mostra na Bíblia, várias informações sobre a natureza dos anjos.

Eles são espíritos. Porque diferentemente dos homens, não são limitados às condições físicas.

“Fazes a teus anjos e a teus ministros, labaredas de fogo” (Salmo 104; 4).

“Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1.14).

Em Lucas 24;37,39, Jesus disse: “... um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”. Diante dessa declaração de Jesus podemos ter certeza que os anjos são destituídos de corpo físico.   
Apesar de serem espíritos, ou seja, não possuem um corpo físico, são capazes de assumir uma aparência humana, a fim de tornarem sua presença visível aos homens   (Gênesis 19;1,3; Marcos 16.5):

“E vieram os dois anjos a Sodoma à tarde, e estava Ló assentado à porta de Sodoma; e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro e inclinou-se com o rosto à terra”.

“E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas” (Marcos 16.5).

Outras características dos anjos é que aparecem e desaparecem à vontade e movimentam-se com uma rapidez inconcebível. São imortais, poderosos, possuidores de grande inteligência e sabedoria. Apesar de os anjos serem descritos na Bíblia pelo sexo masculino, a passagem de Mateus 22.30 deixa claro que eles são assexuados, isto é, não possuem sexo. Não são de modo algum onipresentes, atributo este pertencente somente à divindade.

Em conformidade com alguns textos bíblicos, pode-se até deduzir que, todos os anjos foram criados de uma só vez e que, nenhum outro anjo foi acrescentado depois ao seu número, pois, como já vimos, eles são assexuados (Mateus 22.30), não se reproduzem. Os anjos não são eternos; fazem parte do universo que Deus criou. Numa passagem que se refere aos anjos como hostes celestiais ou exército dos céus, diz:

“Só tu és SENHOR; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora” (Neemias 9.6).
Paulo nos diz que Deus criou todas as coisas, as visíveis e as invisíveis, por meio de Cristo e para Cristo, e depois inclui especificamente o mundo dos anjos com a expressão “sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades” (Colossenses 1.16). Por causa da rebelião de Lúcio Fé, os anjos foram divididos em duas classes: anjos obedientes e anjos desobedientes.

PERSONALIDADE:
Os anjos possuem qualidades que caracterizam uma pessoa. Por exemplo, são seres racionais: “... sábio é meu senhor, segundo a sabedoria de um anjo de Deus, para entender tudo o que se passa na terra” (2 Samuel 14.20).

São seres morais criados com capacidade de discernir e fazer o que é certo, ou errado: “...com um anjo de Deus, assim é o rei, meu senhor, para discernir entre o bem e o mal” (2 Samuel 14.17).

Devotam adoração inteligente: “Louvai-o todos os seus anjos; louvai-o, todas as legiões celestes” (Salmo 148.2).

Possuem emoções: “Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lucas 15.10).

Os anjos foram compensados pela obediência e castigados pela desobediência: “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo” (2 Pedro 2.4).

OS ANJOS NÃO SE REPRODUZEM.

Os anjos não fazem parte do gênero humano que foi criado por Deus com capacidade de se casar e se reproduzir. Eles, como se sabe, são espíritos,  não possuem um corpo humano, logo, não possuem órgãos reprodutores que lhes dêem a capacidade de reproduzir. As passagens bíblicas que provam de forma clara e inequívoca que os anjos são incorpóreos são tão abundantes do Novo Testamento que dispensam comentários, se quiser, pode conferir algumas delas: (Mateus 8.16; 12.45; Lucas 7.21; 8.2; 11.26; Atos 19.21; Efésios 6.12 e Hebreus 1.14).

OS ANJOS SÃO SÁBIOS E PODEROSOS
Por meio das Escrituras, tornou-se manifesto, o mundo espiritual, revelando que os anjos são possuidores de sabedoria e inteligência sobre-humana.

Para os estudiosos das Escrituras Sagradas na Bíblia, a sabedoria dos anjos é evidente. Porém, Jesus forneceu testemunho de que o conhecimento dos anjos é limitado, quando falou da sua segunda vinda, dizendo:

“Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Marcos 13.32).

Com relação ao seu poder, embora seja grande, é limitado (Salmos 103.20).

OS MINISTÉRIOS DOS ANJOS:
Os anjos foram criados com propósitos definidos por Deus. Foram criados como servos de Deus, de Cristo e da Igreja para executarem a vontade de Deus na Terra (Hebreus 1.6, 14). Além disso, conversam entre si (Apocalipse 14.18). Antes da rebelião de Satanás contra o Criador, todos os anjos foram criados primordialmente para adorar a Deus e a Cristo, tendo portanto, a sua existência centrada na Divindade.

O que as Escrituras na Bíblia, nos ensinam sobre o ministério dos anjos:

ADORAR A DEUS:
Este é o principal e mais importante ministério dos anjos.   Várias passagens bíblicas, confirmam isso:
“E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Apocalipse 5; 11, 12).

“E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hebreus 1; 6).

“Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, vós que excedeis em força, que guardais os seus mandamentos, obedecendo à voz da sua palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais o seu beneplácito” (Salmo 103; 20, 21).

OS ANJOS, SÃO OS MEDIADORES DA LEI.
Foi por intermédio dos anjos que a Lei mosaica foi transmitida ao povo israelita:

“...vós que recebestes a Lei por ministério dos anjos e não a guardaste” (Atos 7; 53). “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro” (Gálatas 3; 19).

OS ANJOS, SÃO OS EXECUTORES DOS JUIZOS DE DEUS.
Por várias vezes, os anjos são apresentados nas Escrituras, com as missões específicas de, executar juízos de Deus.

“Então disseram aqueles homens a Ló: Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem aumentado diante da face do SENHOR,  e o SENHOR nos enviou a destruí-lo” (Gênesis 19; 12, 13).

“Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do SENHOR estava junto à eira de Araúna, o jebuseu” (2 Samuel 24; 16).

OS ANJOS, IRÃO REUNIR OS SANTOS.
Na volta de Cristo para buscar a sua Igreja, os anjos exercerão grande influência:

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mateus 24; 30, 31).

OS ANJOS, NO JUÍZO FINAL.
Os anjos de Deus serão os ceifeiros que separarão os cristãos dos incrédulos no dia do juízo final. Eles conhecem, a diferença entre o joio e o trigo.

“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro”; (Mateus 13; 30).

“O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos” (Mateus 13; 39).

“Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 13; 49, 50).

ANJOS NÃO DEVEM SER ADORADOS.
Os anjos são seres criados e, como tais, não devem ser adorados,  pois a adoração é uma prerrogativa exclusiva das pessoas da Trindade, a saber: Pai, Filho e Espírito Santo (Isaías 6; 3.  Romanos 11; 33, 36.  Apocalipse 4). Não encontra-se nas escrituras da Bíblia, nenhuma passagem que abone a ideia de adoração, ou culto aos anjos. Jesus quando da tentação no deserto, deixou bem claro a quem devemos adorar e prestar culto, quando disse: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto”. Visto que um anjo não é Deus, mas apenas uma criatura de Deus, não pode nem deve ser adorado ou cultuado. O apóstolo João, quando estava recebendo a revelação das coisas futuras por intermédio de um anjo escreveu: 

“... prostrei-me aos pés do anjo que me mostrava para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, dos profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Apocalipse 22; 8, 9). Portanto,
  reitera-se que somente o Deus revelado nas Escrituras Sagradas, deve ser adorado, porque Ele disse: “... a minha glória, pois não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42; 8).

A HIERARQUIA DOS ANJOS.
Algumas passagens das Escrituras Sagradas na Bíblia, deixam-nos a entender que, há uma hierarquia entre os anjos.

Na epístola aos Colossenses a posição hierárquica dos anjos está em ordem decrescente: tronos, soberanias, principados e potestades, enquanto em Efésios a mesma graduação é mencionada em ordem crescente: principados, potestades, poder e domínio. Conclui-se que essas posições hierárquicas de autoridade entre os anjos ocorrem devido às suas diferentes funções exercidas no céu.

O ANJO GABRIEL.
GENERAL DOS EXÉRCITOS DE DEUS.
O nome Gabriel no hebraico significa literalmente “homem de Deus, varão de Deus”.

Ele aparece quatro vezes nas escrituras da  Bíblia Sagrada, e sempre em missões específicas (Daniel 8; 16.  9; 21.  Lucas 1; 19. 1; 26). No Antigo Testamento, o Anjo Gabriel aparece apenas no livro de Daniel, como mensageiro celestial, para revelar eventos futuros ou escatológicos; (Daniel 8; 19.  9; 24, 27).

No Novo Testamento, o Anjo Gabriel ressurge somente na narrativa de Lucas que, descreve o nascimento de Jesus. Também como mensageiro angelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de João Batista (Lucas 1; 11, 20) e de Jesus (Lucas 1; 26, 38). Também é apresentado como aquele que “assiste diante de Deus” (Lucas 1; 19), o que evidência sua relação pessoal com o Criador. Destes casos se conclui que, o Anjo Gabriel é o portador das grandes mensagens divinas, aos homens.

Pode-se até concluir que, nas escrituras da Bíblia Sagrada, Gabriel é o anjo mensageiro.

ARCANJO MIGUEL
(O SUBSTITUTO DA HIERARQUIA DOS ANJOS)
O nome Miguel é de origem hebraica e significa literalmente “quem é como Deus, que é semelhante a Deus”.

Ele é mencionado com aquele que se levanta, provavelmente em defesa do povo de Israel. “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia” (Daniel 10; 13). Neste mesmo sentido, o versículo 21 fala de  “...Miguel, vosso príncipe”.

Miguel, diferentemente dos demais anjos, é descrito no Novo Testamento como um arcanjo, “Miguel o arcanjo” (Judas 9), o vocábulo oriundo do grego Arkhangelos, de arkhoo, “governo, chefe, líder”, angelos, “anjo mensageiro”, e significa “lídera ou chefia os anjos”.

Apesar de apenas Miguel ser citado nas escrituras da Bíblia, como arcanjo, é temeroso afirmar que exista apenas um arcanjo.
No livro de Daniel, Miguel é citado como um dos primeiros príncipes (Daniel 11; 13), quer dizer que podem haver outros iguais a ele. É provável que venha a ser Miguel aquele a falar na segunda vinda de Senhor:

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”                      (I Tessalonicenses 4; 16).

Em Apocalipse 12; 7, 9, vai dar para aprender-se um pouco mais, sobre a capacidade de comandar e guerrear do próprio arcanjo Miguel:

“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.

E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele".

QUERUBINS
O vocábulo Kerubiym é a forma plural do hebraico Kerub. Seu correspondente grego é Kheroubin. Não se sabe ao certo se este termo significa uma posição especial ou um serviço exaltado rendido por aqueles que levam este nome.

Aparecem pela primeira vez na entrada do Jardim do Éden, incumbidos de guardar o caminho para a árvore da vida depois que o homem foi expulso do jardim (Gênesis 3.24). Uma função semelhante foi creditada aos dois querubins dourados, sobre a Arca da aliança, no Santo dos Santos do Tabernáculo no deserto, embora em figuras de ouro, foram postos em cada extremidade do propiciatório (a tampa que cobria a Arca no santíssimo lugar – Êxodo 25; 17, 22;
Hebreus 9; 5), onde simbolicamente protegiam os objetos guardados na Arca, e proviam com suas asas estendidas, um pedestal visível para o trono invisível de Deus (Salmos: 80; 1.  e  99; 1).

Também foram bordados querubins nas cortinas do tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo   (Êxodo  26; 31. 2Crônicas 3; 7).

Ezequiel, o profeta do cativeiro babilônico, se refere a esses seres chamando-os, pelo seu título dezenove vezes. Os quatro seres viventes mencionados pelo profeta são querubins (Ezequiel 1; 5, 13, 15.  3; 13, 10; 14, 15).

O principal propósito deles é proclamar e proteger a gloria, a soberania e a santidade de Deus. Há diversas e desconhecidas fontes que nos informam: Existe uma característica dupla nesses seres viventes denominados querubins,
“Eles são chamados de querubins” e como tais desempenham dupla função, isto é, são guardas celestiais (Gênesis 3; 24), e ao mesmo tempo eles desempenham a função de serafins (os componentes do coro angelical) que, clamam dia e noite: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos: toda terra está cheia da sua glória” (Isaías 6; 1, 6. Apocalipse 4; 8).

Satanás pertencia a essa classe de seres espirituais conforme implícito no texto de Ezequiel 28; 14, 16: “Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim guardião, do meio das pedras afogueadas”.
   
SERAFINS
O termo hebraico Serafiym é a forma plural de Saraf, que significa “abrasadores”.

A única menção a esses seres celestiais nas Escrituras Sagradas localiza-se no livro do profeta Isaías (Isaías 6; 3). São vistos pelo profeta como colocados sobre o trono de Deus, tendo cada um seis asas. Ocupam-se do louvor a Deus.

O ANJO DO SENHOR.
Um ensino de grande importância, que por sua vez causa muita confusão entre os cristãos, está estritamente relacionado com as aparições de um anjo denominado,  “Anjo do Senhor”.  A maneira pela qual esse anjo é descrito, distingue-o de qualquer outro ser criado. Este anjo aparece inúmeras vezes no Antigo Testamento. Vale lembrar que a palavra anjo significa simplesmente “mensageiro”. Porém, encontramos várias passagens nas Escrituras da Bíblia, onde o Anjo do Senhor é chamado de “Deus” ou “Senhor”.
Confira em: Gênesis 22; 9, 12.  32; 20.  Êxodo 3; 2, 4. Juízo 6; 21, 24.  13; 16, 22.


No estudo de angelologia são apresentados alguns pontos de vista, sobre o Anjo do Senhor.

O Anjo do Senhor refere-se a um anjo especial enviado da parte de Deus.
Esse anjo é um tipo de representante do próprio Deus que executa suas ordens.

O Anjo do Senhor é uma teofania (manifestação de Deus). Esta afirmação deve-se ao fato desse anjo falar na primeira pessoa; em nome de Deus; receber adoração; e levar o nome de Deus.
E, por último, a de que o Anjo do Senhor trata-se de uma cristofania, isto é, uma manifestação de Cristo.

Seja o Anjo do Senhor, um anjo especial de Deus ou uma teofania, uma coisa é certa,  
esse anjo não era um simples anjo da corte celestial, visto que ele aparece somente em ocasiões muito especiais.
Outro detalhe a ser observado é que as coisas realizadas por ele são próprias dele mesmo, e a nenhum outro anjo é concedido o poder de realizá-las. Esse anjo é um caso isolado. Nenhum outro anjo repetiu as realizações do Anjo do Senhor.


O Anjo do Senhor apareceu a Hagar quando esta fugia da casa de Abraão (Gênesis 16; 7, 14). Quatro vezes nesta passagem a expressão “Anjo do Senhor” é usada, mas no versículo 13 ler-se: “E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?” Hagar reconheceu esse “Anjo do Senhor” como o próprio Deus.

Ele aparece a Abraão quando este ia sacrificar seu filho Isaque (Gênesis 22; 11 18).
Foi Deus que ordenou a Abraão o sacrifício de seu filho e, quando ele levantou a faca para matá-lo “O anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.” O “me” refere-se inegavelmente a Deus.

Ele aparece a Moisés na sarça ardente, mas que não se consumia (Êxodo 3; 2, 5). Nesta passagem, ler-se no versículo 2 “Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo no meio de uma sarça...”. No versículo 4, esta mesma pessoa é chamada de “Deus”: “... Deus do meio da sarça, o chamou, e disse: Moisés, Moisés...”

Ele se manifestou a Gideão enquanto este malhava o trigo no lagar, ocultando-se dos midianitas (Juizes 6; 11, 23). No versículo 12, ler-se sobre o “Anjo do Senhor” aparecendo a Gideão. No versículo 14 é dito:  “Então se virou o Senhor para ele e disse: vai nessa tua força...”

Em Juízes 13; 2, 23, tem-se várias descrições de visitas do “Anjo do Senhor”, “Anjo de Deus” e “homem de Deus” a Manoá e sua mulher. Essas expressões são usadas doze vezes sobre esse alguém, mas no versículo 22, ler-se o seguinte: “Disse Manoá a sua mulher: Certamente morreremos, porque vimos a Deus.”

O livro de 2 Reis 19; 35 recapitula como o Anjo do Senhor destruiu em uma Noite 185.000 soldados assírios, quando este exército sitiou Jerusalém.

Analisando essas passagens das Escrituras, uma das principais autoridades sobre história dos judeus, línguas e costumes do Antigo Testamento, Charles, afirma que o “Anjo do Senhor” é a auto-revelação de Deus. Ele é o Senhor em pessoa, o Anjo do Senhor na história do Antigo Testamento,
é O Seu Único Amado Filho e Supremo Sacerdote pré encarnado das muitas teofanias (manifestações de Deus) nos livros do Antigo Testamento.
  
Conclusão de tudo isto que o Espírito de Deus nos fez ver, e em quase tudo entender. Obrigado meu Deus e Senhor! Eu Vos agradeço por tudo, em nome do do Vosso muito Amado Filho e meu Senhor Jesus o Cristo.  Amém!

Aos humanos não é dado poder ou autoridade sobre os anjos.
Quer dizer, nós não podemos fazer pedidos ou dar ordens aos anjos, eles obedecem apenas a Deus. 
É Deus quem dá ordens aos anjos a nosso respeito.
É Deus quem ordena aos seus anjos para nos guardarem  (Salmo  91; 10, 12).

Irmão messias
                                

                
                                  

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