sexta-feira, 25 de setembro de 2015

         
     Holocausto
                                                                           Segundo o historiador João Freire, escrevendo sobre a segunda guerra mundial – diz ele:                                                                   
Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial.
Para os nazistas, aqueles que não possuíam sangue ariano não deveriam ser tratados como seres humanos.
A política ante semita do nazismo, visou especialmente os judeus, mas não poupou também ciganos, negros, homossexuais, comunistas e doentes mentais.
Estima-se que entre 5,1 e 6 milhões de judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra, o que representava na época cerca de 60% da população judaica na Europa.
Foram assassinados ainda entre 220 mil e 500 mil ciganos.                                                      O Tribunal de Nuremberg estimou em aproximadamente 275 mil alemães considerados doentes incuráveis que foram executados, mas há estudos que indicam um número menor, cerca de 170 mil.
Não há dados confiáveis a respeito do número de homossexuais, negros e comunistas mortos pelo regime nazista.                                                             A perseguição do III Reich começou logo após a ascensão de Hitler ao poder.    30 de janeiro de 1933.
O Ante Semitismo.
A palavra ‘ante semitismo’ significa preconceito contra ou ódio aos judeus.
O Holocausto é o exemplo mais radical de ante semitismo na história. Apoiados pelo governo, os nazistas alemães e seus colaboradores perseguiram e exterminaram 2/3 dos judeus da Europa, entre 1933 e 1945.                             
Em 1879, o jornalista Alemão Wilhelm Mar criou o termo ante semitismo, que significa ódio contra judeus, e também a não-aceitação de tendências liberais e cosmopolitas da política internacional dos séculos 18 e 19, muitas vezes associadas à imagem dos judeus.
As tendências atacadas pelos nazistas abrangiam a igualdade de direitos civis entre os cidadãos de um país, a democracia constitucional, o livre comércio, o socialismo, o capitalismo financeiro, e o pacifismo.

Campos Nazistas.                        
Entre 1933 e 1945 a Alemanha nazista construiu cerca de 20.000 campos para aprisionar seus milhões de vítimas. 
Os campos eram utilizados para várias finalidades: campos de trabalho forçado, campos de transição (que serviam como estações de passagem), e como campos de extermínio construídos principalmente, ou exclusivamente, para assassinatos em massa.
Desde sua ascensão ao poder, em 1933, o regime nazista construiu uma série de centros de detenção destinados ao encarceramento e à eliminação dos chamados "inimigos do estado".
A maioria dos prisioneiros dos primeiros campos de concentração era formada por alemães considerados inimigos do nazismo: comunistas, social democratas, ciganos Roma, Testemunhas de Jeová, homossexuais e pessoas acusadas de exibir um comportamento "ante social" , ou fora dos padrões sociais.
Estas instalações eram chamadas de campos de concentração, porque nelas os detentos ficavam fisicamente "concentrados".
Os nazistas construíram câmaras de gás para tornar o processo de assassinato em massa mais eficiente, rápido e menos pessoal para os executores.
Câmaras de gás eram aposentos fechados que recebiam gás letal em seu interior para matar por asfixia a quem estivesse dentro.  
No auge das deportações para o campo, mais de 6.000 judeus eram diariamente envenenados por gás em cada campo.

Pesquisas Biológicas.
Os médicos trabalharam em conjunto com os agentes das SS no extermínio promovido pelo estado nazista, atuando como soldados biológicos.
Na época estava muito em evidência as teses sobre eugenia, ciência que estuda as condições mais propícias ao "melhoramento" da raça humana.               Foi em nome dela que os médicos nazistas cometeram várias atrocidades. Para os nazistas não eram os problemas sociais como as carências econômicas e sociais que causavam a marginalidade dos não-arianos. 
Ao contrário, a congênita "inferioridade racial" desses indivíduos é que criava tais problemas.
Dessa maneira, definiam as execuções como sendo de caráter humanitário, misericordioso, para aqueles "condenados pela seleção natural".
Como para a medicina nazista a boa saúde era característica da superioridade racial ariana, ela deveria ser mantida a qualquer custo.
Por essa razão, de 1933 até o início da guerra os alemães considerados "doentes incuráveis"
foram submetidos à esterilização para que o "mal" que carregavam não fosse proliferado.
Entre os "doentes incuráveis" que foram esterilizados estavam, conforme relato de Robert Lifton no livro The Nazi Doctors, "60 mil epilépticos, 4 mil cegos hereditários, 16 mil surdos hereditários, 20 mil pessoas com má formação no corpo, 10 mil com alcoolismo hereditário, 200 mil doentes mentais, 80 mil esquizofrênicos e 20 mil maníaco-depressivos".
Lifton,  cita em seu livro o caso do médico Eduard Wirths, de Auschwitz, que inoculava o bacilo do tifo em judeus sãos, sob a justificativa de que estes, naturalmente condenados a morrer, poderiam servir de cobaias para testes de vacinas.
Muitos morreram em "experiências médicas" que incluíam exposição à alta pressão e congelamento. Para reforçar o caráter médico das execuções,
muitas vezes uma ambulância pintada com as cores da Cruz Vermelha acompanhava os assassinatos.
Muitos médicos se destacaram pela crueldade de seus métodos, entre eles Josef Mengele, de Auschwitz, que fazia experimentos genéticos especialmente em gêmeos.
Segundo o professor Robert Proctor, autor de A Higiene Racial - A Medicina na Época dos Nazistas, editado pela Harvard University Press, em Cambridge, Massachussets, "o nazismo nada mais é do que a aplicação dos conhecimentos biológicos".
Para ele, tanto a teoria quanto a prática da doutrina nazista tiveram como ponto central a aplicação de uma política biológica.
Campo de Concentração Japonês.
O médico japonês Ken Yuasa, cirurgião do Exército Imperial durante a Segunda Guerra,
fez em 1994 denúncias que as autoridades de seu país evitaram comentar.                            
Ele trabalhou na Unidade 731, a que se dedicava aos estudos da guerra bacteriológica e química que, tentou aprimorar a medicina militar através de experiências em seres humanos vivos, realizando testes no norte da China, principalmente em Ping Fang, perto da cidade de Harbirt, na Mandchúria.
Os americanos que ocuparam o país teriam concordado em não processar os chefes da unidade em troca de dados sobre as experiências.
Os japoneses, por sua vez, nunca abriram investigações a respeito do polêmico "Auschwitz japonês", como a unidade 731 é chamada nas denúncias de Yuasa.
Segundo Yuasa, o fundador da unidade 731, Shiro Ishii, expôs prisioneiros a doenças, ao gás mostarda,
ao calor escaldante e a temperaturas bem abaixo de zero enquanto fazia anotações, sobre suas reações até a morte.
Um livro lançado pelo historiador americano Sheldon Harris estima que pelo menos 12 mil pessoas foram levadas à morte nesses laboratórios clandestinos.
Em Unit 731, livro publicado em 1989, dois autores britânicos apresentaram novas provas de que prisioneiros de guerra ingleses e americanos na Mandchúria também receberam injeções de vírus mortíferos.
As Consequências do Holocausto.
Em 1945, as tropas anglo-americanas e soviéticas que adentraram nos campos de concentração descobriram pilhas de cadáveres, ossos e cinzas humanas – um testemunho do genocídio efetuado sob a bandeira nazista.
Os soldados também encontraram milhares de sobreviventes – judeus e não-judeus – famintos, alquebrados, e doentes. Para os sobreviventes, a ideia de reconstruir suas vidas era desalentadora.
Quando foram liberados, muitos sobreviventes tiveram medo de retornar para suas casas devido ao ante semitismo que ainda existia em partes da Europa, e também pelo trauma que haviam sofrido que os deixava inseguros.
Mesmo aqueles que decidiram voltar temiam por suas vidas, pois sabiam que muitos europeus não-alemães haviam colaborado com os nazistas, e assim haviam conseguido tomar posse de propriedades de judeus, as quais não queriam devolver aos legítimos donos.
Na Polônia pós-guerra, por exemplo, houve muitos programas contra os israelitas que retornavam e tentavam reaver seus bens.          
O maior destes episódios ocorreu na cidade polonesa de Kielce, em 1946, quando arruaceiros locais mataram pelo menos 42 judeus, e espancaram inúmeros outros sobreviventes que, buscavam retomar suas vidas no local de onde haviam sido arrancados à força, pelos nazistas e seus colaboradores.


Irmão messias








                               

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