José
Maria da Silva Paranhos Júnior,
(barão do Rio Branco)
Origem: Wikipédia.
Este artigo ou secção
contém fontes no fim do texto, mas que não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das
informações.
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes, inserindo-as no corpo do texto quando necessário. |
Barão do Rio Branco
|
|
Período
|
14ª a 15ª Legislatura
|
Período
|
1876 a 1893
|
Período
|
1902 a 1912
|
Antecessor(a)
|
|
Sucessor(a)
|
|
Vida
|
|
Nascimento
|
|
Morte
|
|
Progenitores
|
Mãe: Teresa de Figueiredo Faria
Pai: José Maria da Silva Paranhos |
Dados pessoais
|
|
Cônjuge
|
Marie Philomène Stevens
|
Partido
|
|
Profissão
|
|
Títulos nobiliárquicos
|
|
Barão do Rio Branco
|
30 de maio de 1888
|
José
Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco, (Rio
de Janeiro, 20 de abril de 1845 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1912) foi um advogado, diplomata, geógrafo e historiador brasileiro.
Em
1862, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, porém transferiu-se no
último ano para a Faculdade de Direito do Recife onde recebeu o grau de bacharel.
Filho de José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco, Rio
Branco é o patrono da diplomacia brasileira
e uma das figuras mais importantes da história do Brasil.
1.1
A diplomacia
Iniciou-se
nas letras em 1863, nas
páginas da revista Popular, com uma biografia de Luís
Barroso Pereira, comandante da fragata Imperatriz.
Posteriormente, em 1866, na revista l'Illustration, desenhou
e escreveu sobre aguerra
do Paraguai, defendendo o ponto de vista do Brasil.
Em
1868, substituiu por três meses Joaquim
Manuel de Macedo como professor na cadeira de corografia e história
do Brasil, no Colégio
Pedro II.
A
diplomacia[editar | editar código-fonte]
Decreto
do Presidente Rodrigues
Alves, nomeando Rio Branco para o Ministério das Relações
Exteriores, em 1902.
Armas do barão do Rio
Branco, similares às de seu pai.
Iniciou-se
na carreira política como promotor e deputado, ainda no Império.
Em 1871 foi redator no
periódico A Nação,
tendo colaborado, a partir de 1891, no Jornal do Brasil.
Cônsul-geral em Liverpool a partir de
1876, foi ministro acreditado na Alemanha em 1900,
assumindo o Ministério das Relações Exteriores, de 3 de
dezembro de 1902 até sua morte, em 1912. Ocupou o cargo ao longo do mandato de
quatro presidentes da república -- governos de Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca -–
configurando-se uma unanimidade nacional em sua época.
Recebeu
o título de barão do Rio Branco às vésperas do fim do período
imperial, mas continuou a utilizar o título "Rio Branco"
em sua assinatura
mesmo após a proclamação da república, em 1889. Isso se deu
por ser um
monarquista convicto e
para homenagear seu falecido pai, o senador e
diplomata José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio
Branco.
O
território brasileiro no início da República.
Sua
maior contribuição ao país foi a consolidação das fronteiras
brasileiras, em especial por meio de processos de arbitramento ou
de negociações bilaterais, dos quais se destacam três questões de fronteiras:
Obteve
uma vitória sobre a França sobre
a fronteira do Amapá com
a Guiana
Francesa, causa ganha pelo Brasil em 1900 em uma
arbitragem do governo suíço. A fronteira foi
definida no rio
Oiapoque.
Em
1895, havia já conseguido assegurar para o Brasil boa parte do território dos
estados de Santa
Catarina eParaná,
em litígio contra a Argentina no que ficou
conhecido como a questão
de Palmas. Essa primeira arbitragem foi decidida pelo presidente
norte-americano Grover
Cleveland, e teve como opositor pelo lado da Argentina Estanislau
Zeballos, que mais tarde se tornou ministro do exterior argentino e
durante muito tempo acusou Rio Branco de perseguir uma política imperialista.
Atual
território do Brasil.
Foi
o prestígio obtido nesses dois casos que fez com que Rodrigues Alves escolhesse
Paranhos para o posto máximo da diplomacia em 1902,
quando o Brasil estava justamente envolvido em uma questão de fronteiras, desta
vez com a Bolívia.
Esta
tentava arrendar uma
parte do seu território a um consórcio empresarial anglo - americano. A terra não era reclamada pelo
Brasil, mas era ocupada quase que integralmente por colonos brasileiros, que liderados
por Plácido
de Castro resistiam às tentativas bolivianas de expulsá-los,
episódio que ficou conhecido como "Revolução
Acriana".
Em
1903, assinou com a Bolívia o tratado
de Petrópolis, pondo fim ao conflito dos dois países em relação ao
território do Acre, que passou a
pertencer ao Brasil mediante compensação econômica e pequenas concessões
territoriais. Esta é a mais conhecida obra diplomática de Rio Branco, cujo nome
foi dado à capital daquele
território (hoje estado).
Barão do Rio Branco.
Negociou
com o Uruguai o condomínio sobre
o Rio
Jaguarão e a Lagoa Mirim, essencialmente
uma concessão voluntária do Brasil a um vizinho que necessitava daqueles
canais. Por essa razão, foi homenageado pelo governo do Uruguai, sendo
conferido seu nome à antiga Pueblo Artigas, hoje cidade de Rio
Branco, no departamento de Cerro Largo, vizinha da brasileira Jaguarão.
Em
1908, então no Rio de Janeiro, convidou o engenheiro Augusto
Ferreira Ramos a projetar um sistema teleférico que facilitasse
o acesso ao cume do morro da Urca, conhecido mundialmente como o bondinho do
Pão de Açúcar.
Em
1909, seu nome foi sugerido para a sucessão presidencial do ano seguinte.[1] Rio Branco
preferiu declinar de qualquer candidatura que não fosse de unanimidade
nacional.
Foi
presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1907
- 1912) e escreveu dois livros.
Seu
filho, Paulo
do Rio Branco, foi um proeminente jogador de rugby do Brasil na França.
Sofrendo
de problemas renais, pediu demissão de seu cargo, o que foi negado pelo
presidente Hermes
da Fonseca.
Em
seus últimos instantes de vida, lamentou o bombardeio da capital baiana, Salvador, motivado por
uma crise política e ocorrido em
10 de janeiro de 1912.
Sua
morte, durante o carnaval de 1912, alterou o calendário da festa popular
naquele ano, dado o luto oficial e as intensas homenagens que lhe renderam na
cidade do Rio de Janeiro.
Bandeira do Brasil idealizada por Paranhos Júnior.
Morreu
ontem o Barão do Rio Branco. Há dias a sua vida era a agonia prolongada pelos
recursos da ciência. A cidade, os estados, o país inteiro, as nações vizinhas,
a América, o mundo indagavam ansiosa da saúde do grande homem. E o grande homem
caíra para não se levantar. Fora com um imenso soble, que resistindo anos e
anos ao vendaval e a intempérie, dominando a vida, de repente estala e cai.
Dizer do Barão do Rio Branco uma rápida impressão de dor, de luto, de lágrimas,
quando o país inteiro soluça é bem difícil. E sua obra foi enorme e grandiosa.
Ele teve duas vidas: a do jornalista de talento que se fez cônsul e a do cônsul
que se transformou no maior dos brasileiros pelo seu desinteressado amor à
Pátria, e no maior dos diplomatas contemporâneos pelo seu alto espírito, pela
alta compreensão da função que exercia. Ele foi o dilatador do Brasil,
alargando-o e aumentando-o em terras, graças ao seu engenho, sem um leve ataque
à justiça e ao seu direito. (...)
Gazeta de Notícias, 11 de fevereiro de 1912. [2]
Gazeta de Notícias, 11 de fevereiro de 1912. [2]
Por
ajudar na consolidação do território nacional sempre buscando soluções
pacíficas para os conflitos com os vizinhos do Brasil o Barão do Rio Branco é
considerado o patrono da diplomacia brasileira.
Seu
corpo foi sepultado no jazigo de
seu pai, no Cemitério
do Caju.
Monumento
em Porto
Alegre ao barão.
O
barão do Rio Branco já foi retratado como personagem no cinema, interpretado
por J. Silveira no filme "A Vida do Barão do Rio Branco"
(1912).
Também
teve sua efígie impressa nas notas de 5 mil réis de
1913 e 1924, Cr$ 5 (cinco cruzeiros) de 1950, nas de
Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros) de 1978 - por este fato, a gíria popular
brasileira incorporou o termo "barão" como sinônimo de
"mil" - e cunhado no verso das moedas de 50 centavos em circulação
atualmente no Brasil. Até mesmo a quantia de mil reais é designada como
"um barão".
mmsopensador
Nenhum comentário:
Postar um comentário