Semitas, a
descendência de Sem
Sem foi o
ancestral de todos os povos semitas. Sem dúvida a sua importância foi notória
visto ser o pai dos povos judeus e também dos povos Árabes. Assim as três
grandes religiões monoteístas, Judaísmo, Islamismo e Cristianismo, reclamam
para si como antepassado comum este homem.
É importante
ver também o lado profético que encontramos no capítulo 10 de Génesis
concernente a Sem:
“Eber foi o
bisneto de Sem, e se fala aqui por antecipação, Sem é chamada não o pai de um
dos seus filhos imediatos, mas da posteridade deste homem, porque os hebreus
surgiram dele em sua linha” ( Gênesis 10:21)
A
importância deste nome deriva do facto que todos os hebreus e não somente os
Israelitas, descendentes de Abraão, Isaac e Jacob, tem por ascendente comum
este nome, pela importância que tinha para Moisés surge como que na linha
introdutória.
“A partir de
uma revisão dessas terras é evidente que Sem ocupava uma extensão muito menor
do território do que qualquer um de seus irmãos.
As montanhas
para lá do Tigre, o Golfo Pérsico, o Mar Vermelho, o Levante, o Arquipélago, e
o Mar Negro ligavam os países que foram, em parte, povoados por Sem. Arábia,
Síria e Assíria continha a grande maioria dos semitas…” (Gênesis 10:21-32)
As línguas
afro-asiáticas, “também chamadas de camito-semíticas, cobrem toda a África do
Norte e quase todo o chifre da África (Etiópia e Sumália); algumas línguas do
ramo cuxítico estendem-se ao sul até à Tanzânia.
Ademais, o
ramo semítico inclui línguas que atualmente ou em épocas anteriores, abrangiam
quase todo o oriente médio.
Em geral
considera-se que o Afro-asiático compreende cinco divisões quase igualmente
diferenciadas: o berbere, o egípcio antigo, o semítico, o cuxítico e o chádico.”
(Ki-Zerbo,
“As línguas
semíticas classificam-se geralmente na base das coordenadas geográficas. O
paralelo divide-as em semítico do norte – Acádico, Cananeu (com dialetos
Hebraico, Moabita, Ugarítico e Fenício-Punico) e Arameu – e Semítico do sul –
Árabe clássico e Árabe do sul (com o Etíope Médio ou Geez e o Etíope moderno
como dialetos).”
Foi em 1916
que o Senhor Alan Gardine nos mostrou o alfabeto proto-sinaítico, onde se
colocava a escrito a linguagem semítica que mais tarde veio a originar o
hebraico.
Este alfabeto
apresenta o desenho simplificado de um objeto para indicar o som inicial desse
objeto. Assim desenham um
peixe com o objetivo de apresentar o som “d”, visto que peixe é “Digg”.
Estes
alfabetos antigos são consonantais, ou seja, utilizam apenas consoantes
deixando à dedução o som das vogais. No hebraico só numa época muito posterior
foram acrescentadas as representações das vogais.
Isso explica
que em muitas palavras hoje não se saiba muito bem a sua prenunciação,
começando logo pela expressão Jeová, ou Javé ou iavé, que para os Judeus era
representada pelo tetragrama
יהוה
(iod [i ou y], he [h], vav [v ou w], he [h]) e que apesar deles não terem na
altura dúvida alguma quanto à sua prenunciação para nós hoje não mais do que um
conjunto de possibilidades.
“Foi
provavelmente cerca do final do quarto milénio a.C., há uns cinco mil anos, que
os sumérios, compelido pelas necessidades da sua economia e da sua organização
administrativa, tiveram a ideia de escrever sobre argila.
As suas
primeiras tentativas, ainda sumárias, não foram além do desenho esquemático de
objetos, aquilo que nós chamamos pictografia: só podiam utiliza-la para
registos administrativos mais elementares.
Mas no
decurso dos séculos seguintes os escribas e os letrados sumérios modificaram e
aperfeiçoaram gradualmente a técnica de escrita, a ponto de ter perdido
inteiramente o seu carácter de pictografia para se tornar um sistema
perfeitamente convencional e fonético de escrita.
Na segunda metade do terceiro milénio a.C., a
técnica da escrita na suméria tornara-se suficientemente fácil e flexível para
que se exprimissem sem dificuldades as obras históricas e literárias mais
complexas. É quase certo que, cerca do final deste terceiro milénio a.C., os
homens de letras sumérios escreveram efetivamente – sobre placas, prismas e
cilindros de argila- um grande número de suas criações literárias, que até
então só tinham sido divulgadas por tradição oral.”
Irmão messias
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