O Manto de Elias e Eliseu
VERSO PARA MEMORIZAR: “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a
salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte” (2
Coríntios 7:10).
Leitura para o estudo desta semana: 1Reis
19:1-19; 2Salmo 10:3, 4; Ezequiel 16:15, 16; 1Reis
21:21-29; 2 Reis 2:1-18
Poucos personagens
bíblicos tiveram uma existência mais agitada do que o profeta Elias. Que
história incrível de fé, de provação e do irresistível poder de Deus neste
mundo!
Hoje, pelo menos no
judaísmo, ele ainda se destaca. De fato, na tradição judaica, ele tem sido mais
exaltado do que, talvez, qualquer outra figura bíblica.
A cada Páscoa, por
exemplo, um copo especial cheio de vinho é colocado sobre a mesa. Durante a
Páscoa, a porta da casa é aberta, e todos se colocam em pé para permitir que o
profeta Elias entre e beba. Nas circuncisões, uma cadeira, “a cadeira de
Elias”, é reservada como parte da cerimônia. Além disso, no fim do sábado, os
judeus cantam sobre Elias, esperando que ele venha “rapidamente, em nossos
dias… juntamente com o Messias, filho de Davi, para nos redimir”.
No pensamento
judaico, um exemplo da preeminência de Elias é encontrado no Evangelho de
Mateus, quando Pedro disse que alguns pensavam que o próprio Jesus fosse Elias
(Mateus 16:14).
Nesta semana, vamos
descobrir quais lições espirituais podemos tirar de Elias e do manto que ele
usava.
1Crônicas 1–3
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“Uma voz tranquila e
suave”
A vida de Elias,
registrada em 1 Reis e 2 Reis, inclui exemplos em que ele enfrentou
corajosamente as ameaças dos reis contra sua vida. Houve, contudo, uma notável
exceção, o momento em que, assustado com as ameaças de uma sórdida rainha, ele
fugiu para salvar a vida.
Em 1 Reis 18, ele
pediu que descesse fogo do Céu sobre o Monte Carmelo, fez com que os profetas
de Baal fossem mortos e advertiu Acabe sobre a chuva que se aproximava. O poder
do Senhor veio sobre ele, e depois que ele prendeu seu manto no cinto, correu a
distância de 32 quilômetros à frente de Acabe, até Jezreel.
No capítulo
seguinte, todavia, esse mesmo homem de Deus aparece sob uma luz inteiramente
nova.
Que lições podemos tirar de 1 Reis 19:1-4, sobre o efeito das
dificuldades da vida nas emoções e ações dos servos de Deus?
O Senhor, porém, não
havia rejeitado Elias, nem mesmo depois de sua oração bastante desesperada e
triste. Ele ainda deu a Elias poderosa evidência de Seu amor por ele e de Seu
interesse na vida do profeta.
Em 1 Reis 19:5-19, por que Elias envolveu seu rosto com o manto?
É fascinante que,
embora Elias tenha visto o grande vento, o terremoto e o fogo, nenhuma dessas
coisas fez com que ele envolvesse o rosto no manto. Somente a presença do
Senhor em uma voz “tranquila e suave”, trouxe a ele essa resposta, uma resposta
de temor, respeito e autoproteção.
Elias precisava
aprender que, embora aquelas forças fossem poderosas e impressionantes, elas
não retratavam em si mesmas a verdadeira imagem do Espírito de Deus. Elias ouviu
a voz do Senhor de forma calma e delicada, lhe dizendo o que fazer, e foi a
essa voz que ele obedeceu.
Como podemos
aprender a reconhecer a voz do Senhor falando conosco? Mais importante, porém,
é esta pergunta: Você obedece ao que ouve, ou você abafa essa “voz tranquila e
suave” que fala ao seu coração? O que sua resposta diz sobre você?
1Crônicas 4–6
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A troca de
vestimentas
Após a magnífica
demonstração do poder de Deus no Monte Carmelo, Elias reclamou que ele era o
único que permanecia amando o Senhor. Parece que Deus ignorou a lamentação de
Elias, mas quando ele terminou sua fala, o Senhor lhe deu instruções: ele
deveria ungir dois reis e Eliseu.
Seguindo a
orientação do Senhor, de encontrar um sucessor, Elias partiu para a fazenda de
Safate, pai de Eliseu, e encontrou Eliseu lavrando com bois. Talvez Elias
tivesse acenado para Eliseu, para obter sua atenção, e Eliseu tenha parado seu
trabalho e esperado para ouvir a mensagem de Elias.
Como o chamado de Eliseu foi revelado ali no campo, em 1 Reis 19:19?
Não são reveladas as
palavras exatas de Elias, nem a resposta de Eliseu ao chamado de Elias, mas
sabemos que ele respondeu positivamente. Naquele momento, Elias lançou seu
manto, símbolo de suas responsabilidades como servo de Deus, sobre os ombros de
Eliseu (Numero 20:28). O simbolismo é muito óbvio. Eliseu recebeu, então, um
chamado sagrado.
Em outros incidentes
da Bíblia, um manto (ou capa ou alguma vestimenta semelhante), nem sempre foi
usado como indicação do chamado de Deus para servi-Lo.
Jó 1:20; Salmo 109:29; Judas 22, 23; 2Samuel 10:3,
4; Ezequiel 16:15, 16. Como a ideia de “manto” é usada nos versos acima?
O manto de Elias
significava devoção, comprometimento e dedicação. “Quando Elias, divinamente
dirigido na busca de um sucessor, passou pelo campo que Eliseu estava arando,
lançou sobre os ombros do jovem o manto da consagração. Durante a fome, a
família de Safate se havia relacionado com a obra e missão de Elias; e então, o
Espírito de Deus impressionou o coração de Eliseu quanto ao significado do ato do
profeta. Isso foi para ele o sinal de que Deus o havia chamado para ser o sucessor
de Elias”.
Pense como um único
objeto pode ter boas e más conotações, dependendo de como é usado. O que você
está fazendo com as coisas na sua vida? Que tipo de significados você está lhes
dando, por suas ações? O que elas têm simbolizado para você, e por quê?
1Crônicas 7–9
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O uso de pano de
saco
Nas narrativas de
Elias, o vestuário entra em cena também com outros personagens. Acabe, rei de
Israel, queria comprar uma vinha que ficava ao lado do palácio. Ela pertencia a
Nabote, o jezreelita. Quando Nabote se recusou a vendê-la, e Jezabel ouviu falar
no assunto, ela se enfureceu e de forma astuta planejou uma conspiração para a
morte de Nabote. Após esse crime, Acabe tomou posse da vinha. Mal sabia ele que
Elias tinha sido instruído para encontrá-lo ali.
“Diga-lhe: Assim diz
o Senhor: Você assassinou um homem e ainda se apossou de sua propriedade? E
acrescentou: Assim diz o Senhor: No local onde os cães lamberam o sangue de
Nabote, lamberão também o seu sangue; isso mesmo, o seu sangue!” (1Reis 21:19).
A missão de Elias,
de enfrentar Acabe acerca de várias questões sérias deve ter produzido uma
grande quantidade de estresse, mas, pelo menos nessa situação, ele parecia
forte e disposto a seguir as instruções de seu Senhor, embora soubesse que sua
vida poderia estar em perigo. Agora, ele deveria dizer a Acabe quais eram as
denúncias que o Senhor havia pronunciado sobre ele, além daquela sobre os cães
lambendo seu sangue.
Como devemos entender a resposta de Acabe em 1 Reis 21:21-29,
especialmente tendo em conta o que esses versos dizem sobre o tipo de homem que
ele era?
Quando Acabe ouviu
essas palavras, ele se apresentou ao Senhor de uma forma extremamente humilde
(1Reis 21:27), inclusive rasgando suas roupas, vestindo pano de saco, e até se
recusando a comer. O restante do capítulo sugere que seu arrependimento e
humildade devem ter sido verdadeiros. Rasgar o manto, um ato comum na época
para representar horror e tristeza, revelou que ele realmente aceitou a verdade
do que Elias lhe disse. O texto não diz qual foi a profundidade e a duração
desse arrependimento; o que diz é que o ato de rasgar o manto revelou a
sinceridade de seu coração naquele momento.
Qual é a mensagem de
Paulo em 2Coríntios 7:10 (vejamos também o contexto do verso). Como
podemos aplicar essa advertência à nossa vida?
1Crônicas 10–12
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Podemos dizer muitas
coisas sobre Elias, mas, de qualquer maneira, devemos reconhecer que sua
experiência foi interessante e dramática (embora, sem dúvida, ele esteja mais
alegre hoje, após o arrebatamento). Em 2 Reis, capítulo 1, é contada uma
história fascinante que leva a outra ainda mais fascinante no capítulo
seguinte. Se pudesse ser dito que alguém, para usar o clichê, “saiu de forma
gloriosa”, esse foi Elias.
2Reis 2:1-18 e responda às seguintes perguntas:
A. Que razões Eliseu
pode ter tido para não querer se separar de Elias, apesar dos três pedidos do
mestre para que ele fizesse exatamente isso?
Por que Eliseu rasgou suas vestes nessa ocasião? Foi uma expressão de lamentação, ou outra coisa?
Por que Eliseu rasgou suas vestes nessa ocasião? Foi uma expressão de lamentação, ou outra coisa?
Sem dúvida, a
resposta de Eliseu foi de entusiasmo e gratidão extremos. Ele viu o carro e os
cavalos. Sim, ele teria uma porção dobrada do poder de Elias. Embora geralmente
rasgar as vestes significasse tristeza, naquele momento Eliseu pode ter sido
tão dominado que rasgou as roupas em gratidão. Ele tinha nas mãos o manto de
Elias. O ato de rasgar suas vestes também poderia ter sido um símbolo de se
livrar de sua própria roupa e vestir a roupa de Elias.
Na primeira vez em
que Elias lançou seu manto sobre o lavrador Eliseu, ambos sabiam que esse ato
simbolizava um chamado a trabalhar para Deus (embora Eliseu provavelmente o
tenha devolvido a Elias, em algum momento). Eliseu agora tinha essa veste
especial em sua posse, significando que ele deveria exercer as responsabilidades
de liderança como Elias havia feito.
Examine também o
pedido de Eliseu ao seu mestre (o que esse pedido traz à sua lembrança?). As
palavras de Eliseu revelam algo do seu caráter, mostrando que ele era um
sucessor digno de usar o manto do grande profeta que estava para “ser levado”
deste mundo.
Que quadro mais
amplo da existência essa história nos apresenta? Isto é, quantas vezes temos a
tendência de manter uma estreita visão materialista do mundo, esquecendo a
realidade sempre presente do reino sobrenatural, que existe também neste mundo
e que interage conosco?
1Crônicas 13–16
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O manto de Eliseu
Então, [Eliseu]
levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do
Jordão. Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde
está o Senhor, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para
um e outro lado, e Eliseu passou” (2Reis 2:13, 14).
Sobre qual história o texto acima nos faz pensar? Que importante
simbolismo é visto ali?
2Reis 2:15-18. Tente se colocar no lugar desses profetas de Jericó. Por
que eles tentaram encontrar Elias, mesmo sabendo que ele havia sido levado?
A partir dos versos
anteriores, é evidente que os profetas sabiam que Elias seria arrebatado. O
texto não diz se eles próprios viram o evento. Em certo sentido, isso não
importa muito, porque eles sabiam que o “Espírito do Senhor” o havia levado.
Para onde, entretanto, era outra questão. Por alguma razão eles acreditaram que
Elias ainda podia ser encontrado “em algum monte ou em algum vale” (2Reis 2; 16).
Talvez, despreparados para a ideia de alguém ser levado para o Céu dessa forma,
eles imaginaram que o Senhor tivesse feito algo diferente com Elias. E apesar
das palavras de Eliseu para que não se preocupassem tentando encontrá-lo, eles
insistiram nisso, de todas as formas. Só então, possivelmente, depois que o
procuraram e não encontraram, eles tenham percebido o que aconteceu. No
entanto, mesmo assim, houve espaço para dúvidas. Será que o Senhor o colocou em
algum monte ou vale que eles ainda não tinham verificado?
No fim, não importam
as experiências nem os milagres que temos visto, ainda precisamos exercer fé,
ou então, mais cedo ou mais tarde, a dúvida irá se insinuar e desafiar
seriamente nossa experiência cristã.
Pense sobre alguma
experiência poderosa que você teve com o Senhor. Sem dúvida, no momento e logo
após, sua fé estava forte. Com o tempo, no entanto, o que aconteceu,
especialmente à medida que a própria experiência começou a desaparecer no fluxo
do tempo? Assim, por que é importante que você, diariamente, faça as coisas que
podem ajudá-lo a a fortalecer sua fé?
1Crônicas 17–20
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Estudo adicional
Patriarcas e
Profetas , “Sete e Enoque”; Profetas e Reis, “De Jezreel a Horebe”, “Que Fazes Aqui?” e “No
Espírito e Virtude de Elias”.
Elias, que fora
trasladado ao Céu sem ver a morte, representa os que estarão vivos na Terra por
ocasião da segunda vinda de Cristo, e que serão “transformados, num momento,
num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta”; quando “isto que é mortal
se revestir da imortalidade” e “isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade”
(1Coríntios 15:51-54). Jesus estava revestido da luz do Céu, como há de
aparecer quando vier a “segunda vez, sem pecado,… para salvação”; pois virá “na
glória de Seu Pai, com os santos anjos” (Hebreus 9:28; Marcos 8:38).
Perguntas:
Na prática, quais são as coisas que podemos fazer para ouvir a “voz tranquila e suave”?
Na prática, quais são as coisas que podemos fazer para ouvir a “voz tranquila e suave”?
Entre as coisas que
fazemos, quais tornam isso difícil, se não impossível?
Como o pecado
intencional, em grande medida, nos torna “surdos”, por assim dizer?
Quando você sente
que o desespero e o desânimo são quase maiores do que sua capacidade de
suportar, como você sabe que o Senhor está cuidando de você?
O manto de Elias
simbolizava a sucessão de seu ministério por meio de Eliseu. Como podemos ter
certeza de que “entregaram o manto” para as pessoas certas na igreja? Podemos
saber?
2Coríntios 7:10. O
que é o verdadeiro arrependimento? Em contraste com isso, será que precisamos
nos arrepender do nosso tipo de arrependimento?
Respostas:
Elias derrotou os profetas de Baal, mas temeu Jezabel; os servos de Deus têm momentos de decepção.
Elias derrotou os profetas de Baal, mas temeu Jezabel; os servos de Deus têm momentos de decepção.
Porque reconheceu na
brisa suave a voz do Deus que lhe havia provido alimento, água e força, e que
acalmou seu coração.
Elias passou por Eliseu e lançou seu manto sobre ele. O manto simbolizava o ministério ao qual Deus o chamava.
Elias passou por Eliseu e lançou seu manto sobre ele. O manto simbolizava o ministério ao qual Deus o chamava.
Sinal de lamentação;
confusão e vergonha; contaminação e pecado; hostilidade: Hanum; idolatria e
prostituição.
Acabe se humilhou,
“rasgou as vestes, se cobriu de pano de saco, jejuou e andava cabisbaixo”.
6: Aquele era um momento crucial em seu preparo para a obra; tristeza pela separação e alegria pelo poder de Deus.
6: Aquele era um momento crucial em seu preparo para a obra; tristeza pela separação e alegria pelo poder de Deus.
Travessia do Jordão
e do Mar Vermelho. Na volta de Jesus, atravessaremos o “Jordão”.
Talvez por não terem
visto a ascensão de Elias, e porque o milagre fosse grande demais; e até por
falta de fé.
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