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Gênesis cap. 9, vers. 12-17.
“12- E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente que está convosco, por gerações eternas.
13- O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra.
14- E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens.
15- Então me lembrarei do meu concerto, que está entre mim e vós, e ainda toda alma vivente de toda carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio, para destruir toda a carne.
16- E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar do concerto entre Deus e toda alma vivente de toda carne que está sobre a terra.
17- E disse Deus: este é o sinal do concerto que tenho estabelecido entre mim e toda carne que está sobre a terra.”
Esta passagem nos mostra o momento em que Deus firma um concerto (ou pacto) com Noé e toda alma vivente na terra. No pacto, Deus afirma que nunca mais destruirá a terra por meio do dilúvio. O que me chama atenção é o que foi necessário Deus fazer para que o homem confiasse em sua palavra. Não bastaria Deus apenas dizer “não destruirei mais a terra com dilúvio”, porque, mesmo vindo de Deus, seria pouco para que o homem pudesse confiar. O homem sempre precisa de algo concreto para acreditar e dar um passo a frente. Como aconteceu com Pedro e André, que eram pescadores. Estavam ali junto ao mar quando Jesus chegou para eles e disse: vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens. Logo eles abandonaram suas redes e foram, sem questionamentos. Porque tinham uma prova concreta. Jesus era esta prova. O mesmo aconteceu com Mateus, que no livro de Lucas é chamado de Levi. Jesus chegou para eles e disse: “segue-me”. Na mesma hora ele foi com Jesus, porque Jesus era a prova concreta.
Imagine você: se você é uma pessoa que possui bastante dinheiro, casas, carros, enfim, muitos bens. Se você passasse a sentir vontade de doar todos os seus bens, você não faria isso. Se fizesse, faria desconfiado, atento, e, após doar tudo, ficaria pensando: “E agora? O que vou fazer? Como vou fazer? Como me sustentarei?”. Porém se você estivesse em casa, sentado em uma bela poltrona e um anjo lhe aparecesse, enchendo sua casa de brilho celeste e de glória, lhe dizendo que deverás doar tudo o que tem, você faria isso e nem se preocuparia com o futuro. Porque houve uma prova concreta: o anjo.
No caso de Noé, a prova concreta foi a voz de Deus. Ele não apenas sentiu, mas ouviu a voz do Criador. Isso já bastou para ele. Por tanto, o arco é a prova concreta para nós, as gerações seguidas de Noé. Noé acreditou em Deus, sua prova concreta, mas e nós, em que acreditaríamos?
Além de criar o arco, como se não bastasse, Deus ainda teve que afirmar quatro vezes que o pacto estava firmado e que não se esqueceria do mesmo. Veja:
– 1ª vez: versículo 12: “Este é o sinal do concerto”;
– 2ª vez: versículo 13: “Este será por sinal do concerto”;
– 3ª vez: versículo 16: “Para me lembrar do concerto eterno“;
– 4ª vez: versículo 17: “Este é o sinal do concerto”.
Além dessas quatro confirmações, Deus ainda diz, nos versículos 14 e 15, que ao derramar água sobre a terra verá o arco nas nuvens e se lembrará do concerto. Deus não é como o homem, então é certo que não se esqueceria do concerto. Mas se era necessário afirmar a mesma coisa quatro vezes e dizer que o arco o fará lembrar do pacto, então ele fez isso.
No lado espiritual, o arco significa que Deus não esqueceu de nós nos momentos de luta. Quando estás passando por uma tempestade, olhas ao céu e só vê escuridão. Então pensas: “Deus, onde estás?”. Mas quando a tempestade passa, você vê o arco e vê que Deus não se esqueceu de ti. É como se Deus dissesse: Filho, veja o arco! O dia é lindo! A tempestade passou! Você venceu!
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